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Paris 2024

Vitor fala sobre “barulho ensurdecedor” da torcida

Vitor Tavares comenta sobre influência da torcida em sua derrota na semifinal do badminton diante de francês

Vitor Tavares em ação no badminton dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, com a torcida ao fundo
(Foto: Patrícia Almeida/CPB)

Paris Derrotado na semifinal do badminton nas Paralimpíadas de Paris, Vitor Tavares comentou sobre a influência da torcida na partida contra o francês Charles Noakes. Para o brasileiro, o público que encheu as arquibancadas da Arena La Chapelle fez um “barulho ensurdecedor” na tarde deste domingo (1º) e foi essencial para empurrar o atleta local para a vitória que o garantiu na final do torneio da classe SH6.

“A torcida faz a diferença. A gente não pode deixar se abalar, mas o jogo é jogado. Temos as escolhas dentro de quadra, e cada escolha define o nosso futuro. Não era um jogo muito fácil, mas também não era um jogo impossível, só que a torcida fez o papel dela. O barulho que eles estavam fazendo era um ensurdecedor, e dá para perceber pela minha voz também. Agora é partir para cima que amanhã a gente vai disputar o bronze”, falou Vitinho.

O brasileiro chegou a utilizar algumas estratégias para não sofrer tanto com os ânimos da torcida. Uma delas foi ‘matar o tempo’ entre um ponto e outro, o que até gerou uma chamada de atenção do árbitro durante o jogo. “Sempre que eu ia sacar, eu esperava baixar o barulho. Só que uma hora eu esperei demais, acabei passando do limite e o árbitro chamou a gente, para não ficar ‘bolando’ ali, fazendo uma ‘cerinha’ de leve”, falou ele.

Tática em quadra

Vitor Tavares perdeu para Charles Noakes em sets diretos, com parciais de 21/18 e 22/20. O brasileiro chegou a estar na frente na reta final da segunda parcial e teve um set point, mas tomou a virada. Se nas arquibancadas a torcida fez a diferença, dentro de quadra foi a questão tática que fez com que o francês vencesse a partida, de acordo com avaliação de Vitinho.

“O badminton é um xadrez só que mais rápido, porque cada movimento você tem as opções de volta e assim a gente vai ter que ir pensando de uma forma muito rápida a nossa estratégia. Fiz em alguns momentos as bolas erradas, bolas que eu sou acostumado e gosto de fazer, só que nesse jogo elas não foram tão eficientes assim. Então, isso acabou me prejudicando”, falou o brasileiro.

Com a derrota na semifinal, Vitor Tavares vai disputar a medalha de bronze em Paris nesta segunda-feira (02), às 16h10 (horário de Brasília), contra o honconguês Chu Man Kai, número um do mundo. É a chance de uma medalha inédita para o badminton brasileiro em Paralimpíadas. “Vamos pra cima. O jogo é jogado. A gente tem chances reais de ganhar, então vou dar o meu melhor amanhã”, falou.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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