O primeiro Internacional Challenge é inesquecível, ainda mais com torcida inflamada. Jonathan Matias venceu o espanhol Pablo Abian por 2 sets a 0 (21/18 e 21/19) para sagrar-se campeão do Lagos International Classics, na Nigéria. O brasileiro, de 23 anos, confirmou o favoritismo de ser o principal cabeça-de-chave e conquistou o maior título da carreira.
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Anteriormente, Jonathan veio de quatro vitórias na competição com apenas um set perdido na semifinal. Assim, o atleta chegou para a final com o ranking de 63 do mundo e a pressão de encarar o espanhol número 88 e que tem quinze anos a mais de vida e experiência. Dessa vez, a juventude prevaleceu, porém com uma boa dose de nervosismo junto.
Fala, campeão!
“Estou bastante feliz com essa conquista e essa medalha. Pela primeira vez, ganhei um International Challenger na minha carreira, significa muito para mim. Mais um objetivo alcançado, mais uma etapa concluída. Tenho que assumir que o jogo foi insano, porque a torcida daqui (da Nigéria) estava ‘pesada’ gritando muito. Tinha pontos que eu não sabia para qual lado estava. Mas eu procurei focar mais no meu jogo, focar na minha tática e no que eu precisava fazer. Administrei bem minhas emoções, fiquei bastante nevoso com tanta gente gritando. Se a gente não focar, desviar para o externo, o externo consome a gente. Então, estou bem feliz também por causa disso, de administrar a situação. Foi o primeiro, agora é continuar para alcançar mais etapas”, revelou o brasileiro.
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“O jogo em si foi muito pegado, a cada ponto os dois lutavam muito, eram rallys longos e quem não tinha paciência, não fazia os pontos. Teve muita estratégia, a gente não disputou um jogo normal, porque a peteca estava rápida e difícil de controlar, consegui explorar bem a rede. Mas, a principal estratégia do meu jogo foi ter a iniciativa, não deixar ele controlar. Eu faço o que eu quero e ele fazer o que eu quero, isso contou bastante. Também assumi alguns riscos que, se tivesse dado errado eu estaria me lamentando, deu certo e estou muito feliz, fui para o céu. Foi muito bom essa vitória”, comemorou Jonathan.
Dificuldades superadas
Por fim, o atleta revelou as dificuldades que passaram Juliana Viana e ele para estar no torneio, uma semana após o mundial de badminton. “A Ju(liana) e eu arriscamos com o clube de jogar esse torneio. Foi uma aposta muito arriscada, mas, no final, deu tudo certo. Diante de todas as dificuldades, até duas semanas antes não sabíamos se iríamos competir. O clube (Paulistano) se organizou e fez de tudo para que ocorresse o torneio para nós. A Ju e eu tivemos que lidar sozinhos com problemas que tivemos com hotel, com inscrição… Sem a ajuda do Paulistano seria difícil, eles que apoiaram a nossa vinda para a Nigéria”.
Esse é mais um motivo para Jonathan guardar com carinho a conquista, uma vez que a história contada só pelos pontos, não revela tudo o que vem antes e durante o percurso.