Ygor Coelho está de técnico novo. Depois de romper com Nadia Lyduch, que o dirigiu nos dois últimos anos, o brasileiro agora está trabalhando com Michael Kjeldsen, o mesmo treinador do Højbjerg, time que o atleta defende na Liga da Dinamarca de badminton desde 2018. E é essa justamente a experiência de atuar na competição dinamarquesa, que é disputada por equipes, que traz a confiança no jogador de que ele poderá liderar o Brasil no Campeonato Pan-Americano, que começa nesta quinta-feira, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, na Bahia.
O torneio, que será disputado no Centro Pan-Americano de Judô, é por equipes e Ygor Coelho acredita que pode usar sua experiência para ajudar os companheiros a alcançar um resultado histórico para o país. Na última edição do torneio, Canadá foi campeão tanto no masculino, quanto no feminino, seguido em ambos pelos Estados Unidos.
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“Eu tento ao máximo unir todo mundo para fazer com que a gente seja como uma equipe de futebol. O brasileiro funciona como equipe. A gente só precisa achar a fórmula certa. Eu acho que a minha experiência de estar há três anos jogando Liga (antes das duas temporadas na Dinamarca, Ygor Coelho jogou na França) faz com que seja mais fácil para mim organizar junto com o treinador da seleção brasileira”, acredita.
BRASIL X CANADÁ NA ESTREIA
No sorteio das chaves, o Brasil caiu no Grupo A junto com Canadá e México, enquanto Estados Unidos, Peru e Guatemala formam o B. No feminino, as brasileiras estão no B ao lado de Estados Unidos, Ilhas Malvinas e Peru. O A é formado por Canadá, Guatemala e México.
Apesar do jogo de estreia ser justamente contra os favoritos canadenses, às 12h desta quinta-feira, Ygor Coelho não desanima. “O principal adversário é o Canadá. Eu acho que o time masculino tem grandes chances, mas no feminino o Canadá muito forte porque tem a Michele Lee, que é número 12 do mundo, se não me engano, e tem as duplas femininas também muito bem ranqueadas. Então, eu acho que no masculino é mais acirrado”, aposta.
EXPERIÊNCIA NA DINAMARCA
Para alcançar um bom resultado, a experiência de Ygor Coelho será fundamental. Depois de um primeiro ano em que o Højbjerg passou longe da briga pelo título, nesta temporada a equipe conseguiu a classificação para as finais, que serão disputadas em abril.
“Estou muito feliz. É a minha primeira vez numa final de Liga. Nos outros anos, meu time não foi bem, mas estamos na final, de uma forma muito positiva. A gente tem time para ganhar. Já demonstramos isso contra adversários fortes. Eu espero que a gente esteja em abril todos preparados. Ganhar uma medalha da Liga vai significar muito para a minha carreira”, se empolga Ygor Coelho, que se considera um atleta com muito espírito de equipe.
FOCO NA OLIMPÍADA
O bom momento vivido na Liga da Dinamarca, aliás, foi um dos principais motivos da troca de técnico. Ao contrário do que acontecia com Nadia Lyduch, Michael Kjeldsen, técnico do Højbjerg, está com o brasileiro todos os dias. “A parceria com meu treinador de agora é melhor porque ele é o treinador que está comigo no dia a dia. A nossa parceria já me fez ganhar de jogadores como 27 do mundo e como o, hoje, 18 do mundo em partidas da Liga. Ele acredita no meu potencial. Pensando nos Jogos Olímpicos, estou focando mais a parte presencial, que eu acho muito fundamental”, explicou.
“Tudo está nas mãos deles. Antigamente, era mais separado o trabalho. Agora ficou tudo mais fácil porque a Nadia tinha uma forma de trabalhar e ele tem outra. Para mim, ficava complicado de trabalhar porque ela ficava à distância e ele presencial. Eu prefiro mais presencial porque aí consigo ficar mais focado no que eu tenho realmente que fazer”, completou.
Ygor Coelho tem tudo para disputar pela segunda vez na carreira os Jogos Olímpicos. Atualmente, o brasileiro é 24º. colocado do ranking olímpico, que classifica 40 para Tóquio.