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Atletismo conduziu recorde de medalhas do Brasil em Paris

Com 42 medalhas no Mundial e 36 na Paralimpíada em Paris, o atletismo foi o carro-chefe do esporte paralímpico brasileiro em 2024

Beth Gomes, Petrúcio Ferreira, Jerusa Geber e Ricardo Mendonça: destaques do atletismo em Paris-2024
(Fotos: Alexandre Schneider/CPB, Douglas Magno/CPB Ana Patrícia/CPB e Douglas Magno/CPB)

A campanha brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 não poderia ter sido melhor. Pela primeira vez, o Brasil ficou no top-5 do quadro de medalhas, com de 89 pódios na Paralimpíada. E o esporte que mais ajudou no recorde brasileiro foi o atletismo. Com uma diversidade de provas onde teve a bandeira verde e amarela no pódio, a modalidade conquistou 36 medalhas em Paris, com um show dos nossos atletas na pista e no campo.

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No começo do ano, o Campeonato Mundial de atletismo paralímpico em Kobe deu uma prévia do que poderia vir na Paralimpíada. A campanha no Japão incluiu 42 medalhas, sendo 19 de ouro, 12 de prata e 11 de bronze, no melhor desempenho da história do país na competição. E a expectativa de um bom resultado veio em Paris. Foram 10 ouros, 11 pratas e 15 bronzes, totalizando 36 pódios.

Destaques em Paris

Como sempre, o Brasil se destacou nas provas de velocidade no atletismo paralímpico em Paris. Único nome do atletismo brasileiro a ganhar dois ouros em Paris, Jerusa Geber fez sua melhor Paralimpíada da carreira na sua quinta participação. A corredora da classe T11 (para atletas com deficiência visual) já tinha quatro medalhas paralímpicas no seu currículo, mas nenhuma delas era de ouro. Contudo, as douradinhas vieram em Paris, com os títulos nos 100m e 200m rasos. A atleta ainda quebrou o recorde mundial dos 100m na semifinal da Paralimpíada. Vale destacar também o feito de Gabriel Garcia, atleta-guia de Jerusa em Paris. Além de ser campeão com Jerusa na Paralimpíada, ele também competiu nos Jogos Olímpicos, como parte do revezamento 4x100m rasos do Brasil.

Além de Jerusa, Fernanda Yara foi campeã nos 400m T47, Rayane Soares venceu os 400m T13 com recorde mundial, Ricardo Mendonça ganhou os 100m T37 e Petrúcio Ferreira manteve a hegemonia nos 100m T47. Para além da velocidade, o Brasil ainda ganhou dois ouros em provas de fundo em duas dobradinhas. Nos 1500m T11, ouro para Yeltsin Jacques, com direito a recorde mundial, e bronze para Júlio Cesar Agripino. Os atletas inverteram de posições nos 5000m T11, com ouro e recorde mundial para Júlio Cesar e bronze para Yeltsin.

Veteranos campeões nas provas de campo

Nas provas de campo, dois brasileiros se destacaram e saíram de Paris com a medalha de ouro na mesma prova, o lançamento de disco. Porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura, Beth Gomes confirmou o favoritismo e levou a medalha dourada no lançamento de disco F53, com direito a um novo recorde paralímpico da sua classe. Beth ainda conquistou uma prata no arremesso do peso F54, competindo contra atletas de uma classificação funcional acima da sua. Na prova, Beth Gomes quebrou o recorde mundial da classe F53 e conseguiu terminar em segundo lugar. No mesmo dia, Claudiney Batista garantiu o tricampeonato do lançamento de disco masculino F56. Ele quebrou o recorde paralímpico da prova para conquistar sua quarta medalha paralímpica da carreira.

Foram nove atletas campeões paralímpicos em Paris-2024 no atletismo, além de outros atletas que também subiram no pódio conquistando medalhas de prata e bronze. É tanta medalha que fica difícil de resumir em apenas um texto. Mas isso mostra o bom trabalho que o Comitê Paralímpico Brasileiro tem feito através da modalidade em todo o país. Nesse grupo de medalhistas, há atletas de todas as regiões, muitos deles introduzidos no esporte através dos diversos núcleos do CPB espalhados pelo Brasil. Agora é manter a receita de sucesso, para aumentar o número de pódios daqui quatro anos em Los Angeles.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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