O ano não poderia ter sido melhor para Caio Bonfim. Em 2024, o atleta conquistou a medalha de prata na marcha atlética de 20km nos Jogos Olímpicos de Paris, após quatro tentativas. E Caio terminou a temporada sendo escolhido como o melhor atleta do ano pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e recebeu o Troféu Rei Pelé no Prêmio Brasil Olímpico. Além disso, o marchador também foi eleito o melhor do ano do atletismo brasileiro, assim como o Atleta da Torcida em uma votação popular promovida pelo COB.
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“Eu vim aqui para celebrar esse ano, essas conquistas, esses resultados da medalha olímpica com a comunidade esportiva brasileira. E aí sou surpreendido já no começo, pelo Atleta da Torcida. Muito obrigado àqueles que acreditaram e trouxeram visibilidade para a modalidade. Isso é muito bacana. E aí, ganhando atleta do atletismo, isso a gente já sabia e depois sai com o Troféu Rei Pelé que para mim coroa esse ano muito especial”, comentou o atleta em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
Conquistas para a marcha atlética brasileira
Caio Bonfim emocionou a todos os presentes na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico após receber seus prêmio. Ele lembrou da sua persistência, após não conseguir uma medalha nas suas três primeiras participações em Jogos Olímpicos. Caio também falou sobre o aumento da visibilidade da marcha atlética, desde quando sua mãe e treinadora, Gianetti Sena, virou atleta da modalidade até a conquista da medalha olímpica em Paris.
Se no seu começo na marcha atlética, Caio convivia com piadas por conta da técnica utilizada na modalidade, agora ele vê um respeito maior para a sua prova, coroado com sua medalha em Paris. “Para a marcha atlética, eu sempre quis o respeito. Sempre dei prioridade às vozes daqueles que me incentivavam. E mesmo dentro desse preconceito, dessa piada, dessa dificuldade e coragem pra ir à rua, você chega aqui e ganha um prêmio da torcida que representa a voz das pessoas do bem e que te respeitam. E isso é muito legal. Então estou muito agradecido por aqueles que votaram e puderam fazer a marcha atlética também ter esse resultado”, afirmou o atleta.
Marchando em família
A marcha atlética virou um negócio de família em 1991, como Caio contou em um dos seus discursos no Prêmio Brasil Olímpico. O pai de Caio Bonfim inscreveu sua mãe em uma prova de marcha no retorno da atleta após sua gravidez. E a prova virou tradição de família. Hoje, Gianetti Sena Bonfim treina o próprio filho e o acompanha nas principais competições, como nos Jogos Olímpicos de Paris. “Ela é a minha árbitra chefe ali que eu olho na hora e ela me passa aquele feedback da técnica, se eu estou bem ou não. Então eu confio muito. Independente do tamanho da torcida que está lá, eu sempre consigo escutar a voz dela”, afirmou Caio.
E se vários atletas ligam para os pais para compartilhar uma grande conquista logo após a prova, para Caio Bonfim a situação é diferente, podendo abraçar os seus pais assim que cruza a linha de chegada. “A gente teve muitas derrotas que choramos junto, mas tivemos muitas alegrias. E o esporte me deu esse privilégio de ser amigo dos meus pais. E de não precisar ligar para eles para falar que ganhei. Ela estava sempre lá para me abraçar. Nessa Olimpíada, ela estava medicada para aguentar a emoção, mas graças a Deus o final foi feliz.”
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