Na última sexta-feira (20), a Petrobrás promoveu um encontro com atletas paralímpicos que disputaram os Jogos de Paris 2024. Uma das convidadas foi Thalita Simplício, que falou com exclusividade ao OTD sobre o sentimento que teve quando levou a prata nos 400m T11, reafirmando o teor de frustração do choro após a medalha.
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“Ali naquele momento, que eu terminei a prova eu só senti, jamais vai ser um sentimento de raiva pela cor da medalha, mas sim por eu saber as condições que eu tinha, as possibilidades que eu tinha ali naquele momento de ser medalha de ouro e também a forma que eu estava me sentindo fisicamente. Eu estou com três inflamações no tendão; no pé direito e esquerdo e no joelho direito. Então eu estava no meu limite físico, sabia todas as condições e não deu, né, mas uma vez. Mas eu só quis botar pra fora o que eu tava sentindo comigo mesmo”, afirmou a potiguar.
Ciclo difícil
Thalita completou o relato da sensação vivida no momento da prata. “É uma tristeza porque a gente sabe o quanto essa medalha é difícil de conquistar num evento que acontece só de quatro em quatro anos, e especificamente esse foi três anos. Esse ciclo pra mim foi muito difícil, somente no final dele (foi mais fácil). Porque vinha com lesões, fui tricampeão mundial esse ano, então tinha uma responsabilidade muito maior em cima de mim, mas não foi dessa vez, ficou pro próximo ciclo quem sabe”, disse a medalhista.
Thalita Simplício ainda finalizou sua fala contando sobre a preparação para Los Angeles. “E agora é focar pro próximo ciclo e trabalhar mais ainda o mental para que isso, se repetir novamente, não me abale tanto. Se vier medalha de ouro eu vou comemorar como eu nunca comemoro as minhas medalhas, comemorar essa com grande estilo”, finalizou a atual campeã mundial.
A atleta levou a medalha de prata nos 400m T11 dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, após concluir o percurso em 57s21.
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