Paris – Jerusa Geber tem 42 anos, mas ainda parece estar no auge. Depois de vencer os 200m T11 (atletas cegas) e conquistar sua segunda medalha de ouro em Paris-2024, neste sábado (07), ela ainda não fala sobre aposentadoria. E, se depender de seu guia, Gabriel Garcia, a acreana seguirá ativa até os próximos Jogos Paralímpicos, em Los Angeles-2028.
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“Essa medalha de ouro vem como presente para fechar o ciclo com chave de ouro. Agora, vamos poder descansar e, que quem sabe aí, Jerusa, eu vou arrasta-la até Los Angeles. Ela vai estar de novo lá. Aí, eu acredito que ela pode aposentar”, disse Gabriel Garcia, entre risadas, ao Olimpíada Todo Dia logo após a conquista de mais uma medalha paralímpica.
Jerusa se despede de Paris-2024 com dois ouros, um nos 100m e outra nos 200m, ambas na classe T11. Antes, ela tinha quatro pódios paralímpicos, mas ainda não tinha chegado no lugar mais alto dele: possuía duas pratas e dois bronzes. Com o acumulado de seis medalhas paralímpicas no currículo, a velocista ainda não comenta sobre o futuro.
“Eu não sei mais de nada daqui para frente, porque desde o Rio-2016 eu venho dizendo que eu vou parar. Em Tóquio, em 2021, eu falei que ia parar aqui e estou aqui em Paris-2024. Então, o futuro não me pertence mais. Eu não sei nem dos meus próprios limites e seja o que o Criador quiser até Los Angeles”, falou Jerusa.
Parceria de longa data
Jerusa e Gabriel têm uma parceria de longa data. O paulista começou a guia-la no final de 2016 e esteve ao lado dela nas últimas grandes competições da atleta. Juntos, eles conquistaram cinco medalhas mundiais, sendo quatro títulos (três nos 100m e um nos 200m), e agora duas medalhas de ouro paralímpicas. Gabriel disputou os Jogos Olímpicos de Paris-2024 como integrante do revezamento 4x100m masculino.