O atletismo do Brasil participou de três finais na manhã desta quarta-feira (4) nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Além da medalha de prata de Bartolomeu Chaves nos 400m da classe T37 (paralisados cerebrais), Suzana Nahirnei e Eduardo Pereira estiveram em disputa de medalhas no Stade de France, respectivamente, no arremesso de peso F46 e lançamento de dardo F34. A atuação de ambos foi apenas discreta e os dois ficaram fora do pódio. Ela terminou a prova em 5º lugar. Já ele finalizou em 8º.
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Oitavo no dardo
Eduardo Pereira foi o primeiro brasileiro a competir no Stade de France nesta quarta. O paulista terminou em 8º na final do lançamento de dardo da classe F34 (paralisados cerebrais). A briga por medalhas contou com a presença de oito atletas e cada um deles tinha seis tentativas. Em sua participação, o brasileiro queimou três vezes, sendo duas delas as duas primeiras e a outra falha foi na quarta. Seu melhor lançamento foi de 25.12m, marca obtida na terceira chance.
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O atleta brasileiro do lançamento de dardo F34 ainda tinha mais duas tentativas, porém, só utilizou uma delas. Na quinta oportunidade, Eduardo Pereira lançou para 23.78m. Com desempenho abaixo, ele optou por abrir mão da última chance. A medalha de ouro foi conquistada pelo iraniano Saeid Afrooz. Ele iniciou a disputa como recordista paralímpico (40.05m) e mundial (40.27m), e conseguiu quebrar ambas as marcas ao lançar o dardo em 41.16m.
Saeid Afrooz ganhou sua segunda medalha de ouro consecutiva, já que foi campeão paralímpico da prova em Tóquio-2020. Assim como na edição da capital japonesa, o iraniano ficou a frente dos mesmos oponentes. Os colombianos Mauricio Valencia e Diego Meneses terminaram, respectivamente, com prata e bronze nas duas edições. O primeiro deles lançou em Paris-2024 para 39.04m, novo recorde das Américas, e o segundo fez 37.17m.
Quinta no peso
Suzana Nahirnei entrou no campo de provas do Stade de France logo depois do início da participação de Eduardo Pereira. As duas disputas caminharam quase que simultaneamente. Ela alcançou sua melhor marca na quinta tentativa do arremesso, quando mandou o peso a 11.43m e concretizou sua quinta colocação no arremesso de peso F46.
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“Eu poderia ter feito mais, com certeza. Eu estava me sentindo forte e confiante. Tive uma lesão no pé, faz um mês antes de vir para cá, então isso mexia um pouquinho com o meu psicológico, mas como dá para melhorar, eu fico feliz, porque a gente pode consertar esses erros e vir na próxima agora muito mais forte”, comentou Suzana Nahirnei ao OTD após a prova, que revelou ter ficado abalada com a lesão no pé direito.
“Descobri recentemente um neuroma no pé direito, inclusive, voltarei ao Brasil para tratar. Vou ficar um tempo parada para tratar essa lesão, que me impediu de treinar forte por duas semanas e isso abalou bastante. Eu estava vindo numa progressão de treino boa, com marcas excelentes, então isso mexeu bastante com meu psicológico. A gente recuperou bem, só que não teve tempo suficiente para fazer o melhor. Agora é concentrar, recuperar e vir para mais forte para o próximo ciclo”, concluiu a atleta.
Medalhistas e recorde Mundial
A campeã paralímpica foi Noelle Malkamaki, dos Estados Unidos. Ela era a detentora do recorde mundial, com 13.60m e superou essa marca ao anotar 14.06m. A medalha de prata acabou com a ucraniana Mariia Shpatkivska, com 12.35m, novo recorde da Europa. E quem completou o pódio, levando o bronze, foi o neozelandês Holly Robinson, que marcou 11.88m. A competidora que ficou uma posição acima de Suzana Nahirnei foi a japonesa Yukiko Saito. A atleta asiática concluiu sua participação com 11.61m.
