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Paris 2024

Aline Rocha e Izabela Campos não pegam pódio em Paris-202

As duas disputaram finais nesta terça-feira, com Aline Rocha em 9º nos 1.500m da T54 e Izabela Campos em 4º no lançamento de disco da F11

Aline Rocha Atletismo Jogos Paralímpicos Paris-2024
Aline Rocha melhorou o tempo da eliminatória, mas ficou fora do pódio (Foto: Wander Roberto/CPB)

O Brasil brigou por medalhas em quatro provas na manhã desta terça-feira (3) nos Jogos Paralímpicos Paris-2024 e terminou com saldo de 50%. Foram dois pódios nos 1.500m da classe T11, com ouro de Yeltsin Jacques e prata de Júlio Agripino, e um no lançamento de dardo da F56, a prata de Raissa Machado. Quem competiu em finais e não ficou entre os três primeiros foi Izabela Campos, 4ª colocada no lançamento de disco da F11, e Aline Rocha, 9ª nos 1.500m da T54 (cadeira de rodas).

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Pódio distante

As duas provas foram disputadas quase que simultaneamente, com Aline Rocha encerrando sua participação um pouco antes do que Izabela Campos. A atleta paranaense esteve entre as finalistas dos 1.500m T54 e finalizou a competição na 9ª colocação com tempo de 3min23s43. Ela melhorou a marca que havia registrado na semifinal em quase 12 segundos, já que concluiu sua bateria na eliminatória em 3min35s18.

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Recordista mundial com 3min05s41, a suíça Catherine Debrunner conquistou o título em Paris-2024 quebrando o recorde paralímpico. Ela ganhou a medalha de ouro com tempo de 3min13s10. O segundo lugar no pódio na final dos 1.500m T54 ficou com a britânica Samantha Kinghorn, com 3min16s01. Já o bronze acabou com a estadunidense Susannah Scaroni, que cruzou a linha de chegada em 3min16s68. Ela melhorou o tempo que fez na semifinal (3min19s84), marca que era o recorde paralímpico até hoje.

Com 34 anos, Aline Rocha ficou paraplégica após sofrer acidente automobilístico quando tinha 15. Aos 19, por convite de um amigo que praticava basquete em CR em uma associação de Joaçaba (SC), a paranaense foi conhecer a modalidade. Ela chegou ao local e foi indicada ao atletismo. Mais adiante, em 2017, ela migrou para o esqui cross-country. Em 2018, a atleta se tornou a primeira mulher do Brasil a competir nos Jogos Paralimpícos de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul.

Faltou pouco para medalha

Se, por um lado, Aline Rocha ficou distante do pódio, pelo outro, Izabela Campos ficou perto da medalha na final do lançamento de disco F11. Com 43 anos, a atleta mineira não iniciou bem a competição. Ela queimou seus três primeiros lançamentos e ficou pressionada na prova. Na quarta tentativa, ela alcançou a marca de 29.93m, assumindo, momentaneamente, a sétima colocação. Após falhar no quinto lançamento, a brasileira se superou e atingiu sua melhor marca na última tentativa: 34.94m.

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Izabela Campos perdeu a chance de conquistar sua segunda medalha paralímpica. Na edição da Rio 2016, a brasileira ganhou a medalha de bronze com lançamento de 32.60m. Mais recente, no Mundial de 2024, em Kobe, no Japão, ela também alcançou o terceiro lugar no pódio. Além do resultado nos Jogos Paralímpicos e a medalha no mundial, a mineira tem também o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023 no ciclo Paris-2024.

Quando tinha seis anos, Izabela Campos teve sarampo, o que fez ela perder visão progressivamente até não enxergar mais aos 15. Com 21, ela começou no atletismo com o objetivo de apenas perder peso. Antes das provas de campo, as que mais se identificou, a mineira chegou a correr competições de 5.000m, 1.500m, 800m e 400m. Sua primeira convocação para a seleção brasileira de atletismo foi em 2012 para os Jogos Paralímpicos de Londres.

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