Saint Denis, França – Um fator está sendo presente em Saint Denis, local que fica o Stade de france, palco do atletismo nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024: a chuva, normal para provas a céu aberto. Mas será que a pista molhada e a água influenciam nos resultados do atletismo paralímpico?
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Apesar de nem todas as competições contarem com a sua presença, quando há uma pancada e água no Stade de France, deixa poças que atrapalharam todo o decorrer da competição. No atletismo convencional, a chuva já influencia muito o desempenho dos atletas, mas nas competições paralímpicas, o fator interfere em circunstâncias singulares do paradesporto.
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Como nas provas de pista para atletas com deficiência visual, os chuviscos podem atrapalhar na largada. “A chuva fez a gente segurar um pouco na hora de sair do bloco”, explicou Joeferson Marinho dos 100m T12, em que na final conquistou o bronze.
Já para atletas que fazem uso de cadeira de rodas para a corrida, a pista molhada pode deixar os pneus escorregadios, assim como a pegada para girá-los. “A chuva faz a nossa luva derrapar na hora de dar propulsão a gente tenta diminuir isso com cola, para ter maior aderência”, contou Aline Rocha, após prova eliminatórias dos 5000m T54.
Outro fator que influencia na prova é o respingo da água da cadeira no rosto de atletas que estão atrás, fato que não percebemos nas provas convencionais.
Provas de campo também sofrem com chuva
Não só nas pistas percebemos fortes influências da água. Na pista, assim como nas provas convencionais, a chuva faz as provas ficarem mais demoradas, além de esperas longas sob garoas. O lançamento de club, prova exclusivamente paralímpica, foi influenciado pela chuva.
Como o club é de madeira, e tem formato semelhante a um pino de boliche, ele absorveu a água, piorando a sua pegada. “O frio, a chuva, influenciaram na minha prova, então não consegui fazer boas marcas. O club oxida muito”, contou Wanna Brito, após final da prova.