Paris – Júlio Cesar Agripino, o Julião, levou sua tão desejada medalha paralímpica. O paulista dominou a final dos 5000m T11 e quebrou o recorde mundial. Mas se o atleta foi o protagonista da manhã de chuva no Stade de France, dois coadjuvantes foram fundamentais na conquista. Micael Batista e Edelson Ávila foram os guias do brasileiro na prova e ambos estavam muito emocionados com a conquista de Julião
- Sem Gui Santos, Warriors vence Wizards na NBA
- Mackenzie vence pela primeira vez na Superliga após 12 anos
- Flamengo atropela Caxias e assume a liderança do NBB
- Laura Pigossi se recupera de revés e avança nas duplas em Cáli
- Davi Fujii e Karina Senaga avançam aos playoffs em Caracas
“Foi uma prova única e incrível, porque a gente tá vindo de um ano excepcional. Eu vi o Júlio nesse nível, esse ano tá incrível de ver, absurdo”, comentou Ávila em zona mista após a prova sem esconder lágrimas nos olhos. Julião explica que a prova foi pensada em todos os detalhes, ainda mais no uso de dois guias. “A prova foi forte, mas ao mesmo tempo estratégica. O Edelson ritmando no começo, bem forte. E depois com o Micale aumentando essa intensidade, levando a gente até a vitória”.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Micael Batista, que cruzou a linha de chegada ao lado de Júlio Cesar, contou o que falou ao atleta quando estavam liderando na reta final. “Eu falei na última reta pra ele bem assim ‘comemora, comemora! Mas não deixa cair!'”, riu o guia com o atleta. Com a ajuda dos dois, Julião Agripino pulverizou o antigo recorde mundial, com tempo de 14min48s85, mais de 5 segundos a menos que a marca anterior.
Papel de Edelson e Micael
Júlio também contou como os guias o ajudam não só no trajeto da pista, mas falando como está a situação da prova no seu decorrer. “O papel da comunicação com o atleta guia é muito importante, além deles serem nossos olhos, eles nos ajudam psicologicamente. Me sinalizavam o tempo todo na prova, isso foi muito importante, cantando como foi a prova. O Edelson no começo falava ‘Júkio, tá caindo! Mantém, segura! O japonês vai passar’. Depois o Micael pegou a guia e disse ‘só administra, vamos embora’, então consegui me manter focado”, explicou o atleta.