Em meio a tantas conquistas, uma a mais ou a menos pode não fazer a diferença. Essa não deve se tornar ainda questão para Jerusa Geber. Atual recordista mundial dos 100m rasos da classe T11, ela chega a Paris para por fim a um retrospecto e completar sua coleção de medalhas nos Jogos Paralímpicos com tão sonhado ouro nos 100m.
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Caminhando para sua quinta edição dos Jogos Paralímpicos, Jerusa Geber já soma quatro medalhas no evento, sendo duas pratas e dois bronzes. Assim como na Rio-2016 e Tóquio-2021, Jerusa chega aos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 dona da melhor marca do mundo nos 100m T11. Desta vez, a melhor marca do mundo veio em 2023 com 11s83. A confiança é grande de que a medalha de ouro não deve escapar novamente.
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“No Rio e em Tóquio não deu muito certo aconteceu alguns imprevistos né? Em Tóquio, foi aquele episódio da minha cordinha que quebrou na final dos 100m e aqui a gente espera que vai dar tudo certo. A única certeza que tenho é que eu e o Gabriel (Garcia) estamos muito bem e a gente quer muito mesmo colocar essa medalha de ouro na nossa coleção”, afirmou a velocista.
“Eu tenho a consciência de que não é uma competição fácil, tanto com as competidoras brasileiras como também com as competidoras de fora do Brasil, principalmente a China, que sempre está liderando nos primeiros lugares das provas de velocidade”, disse Jerusa. A classe T11 do Brasil conta com nomes expressivos nas provas rasas. Lorena Spoladore, Thalita Simplício e Jhulia Karol acumulam medalhas paralímpicas e em mundiais nas provas de 100m e/ou 200m.
Parceria de sucesso
Gabriel Garcia, atleta-guia, está ao lado de Jerusa desde a reta final de 2016. De lá para cá, ambos alcançaram feitos importantes nesse período. Em Paris-2024, inclusive, Gabriel se tornou o primeiro brasileiro a receber convocação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Semanas atrás na capital francesa, o velocista abriu o revezamento 4x100m do Brasil.
“O Gabriel já tá comigo desde finalzinho de 2016 e era uma coisa que a gente já buscava fazia tempo. Ele conseguiu essa participação numa olimpíada, num mundial. O que ele já participou no Mundial de Oregon e a Olimpíada era o que a gente mais buscava. É o sonho de qualquer atleta e ele conseguiu essa vaga no revezamento 4x100m”, disse Jerusa.
Experiência na pista roxa
A confiança na medalha de ouro também é compartilhada por Gabriel Garcia. Sua passagem nos Jogos Olímpicos foi muito mais do que uma façanha individual. Sua experiência na pista do Stade de France pode virar trunfo fundamental para Jerusa subir ao lugar mais alto do pódio.
“Pode esperar que vai ter muitos resultados de grandes atletas. […] É uma pista roxa, rápida, boa, e no Olímpico, a gente viu que muitos atletas tiveram grandes resultados. Então acredito que no Paralímpico pode acontecer vários recordes e sim grandes resultados. Então, por estar do lado da Jerusa, a gente possa fazer o nosso melhor dentro da pista e apreciar todas as provas que é muito bom assistir”, disse Gabriel Garcia.