Paris – A brasileira Izabela Rodrigues revelou ter tido crise de ansiedade um dia antes de sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, que aconteceu nesta sexta-feira (03). O episódio fez com que ela tivesse dificuldades para dormir e atrapalhou seu desempenho durante a competição. A atleta marcou 61,68m e ficou em 17º lugar na qualificatória do lançamento de disco, sem conseguir avançar para a final.
- Nathan Torquato recupera joelho em busca do bi paralímpico
- Warriors vencem Hawks e assumem a liderença no Oeste
- Sporting, de Edy Oliveira, vence o PSG pela Champions League
- Oito brasileiros chegam nas semis do Pan-Americano de escalada
- Brasil atropela Venezuela na estreia da Copa Pan-Am
“Hoje não consegui realizar o meu movimento com perfeição como eu queria. Estou bem chateada comigo mesmo por conta disso. Eu deixei um pouco de ansiedade me levar. Acabei não dormindo muito bem a noite passada. Fiquei pensando muito durante a prova, antes da prova”, falou Izabela.
“Foi uma coisa diferente que eu nunca tinha sentido na minha vida. A ansiedade realmente me pegou de um jeito muito forte. Deu até ânsia de vômito, eu não estava conseguindo comer. E eu não sei o que aconteceu, simplesmente. Mesmo eu passando no psicólogo, acho que não resolveu nada”, completou.
Sem conseguir dormir, Izabela ficou “rolando” na cama durante a noite de quinta-feira. Ela já havia tido outras situações de ansiedade anteriormente, mas nunca com intensidade tão forte como esta. “Eu já tive outras leves, inclusive tive na Diamond League, mas foi nem comparado com essa aqui. Nessa aqui, realmente foi extremo. Acabei não falando com ninguém sobre isso. Então até comentei com meus amigos sobre, eles tentaram me acalmar, mas a cabeça estava bombada”, falou.
Sem vaga na final
Campeã mundial sub-20 em 2014, Izabela Rodrigues foi finalista olímpica em Tóquio-2020. Ela chegou em Paris-2024 depois de ter feito o índice olímpico em duas oportunidades neste: marcou 64,66m na Diamond League de Xangai, em abril, e 65,25m no Troféu Brasil de Atletismo, em junho. Já na capital francesa, teve duas marcas na casa dos 61m e queimou outra tentativa.
“Já sabendo que eu tinha feito 65m, sabia que já estava mais fácil pra mim. E eu já estava treinando bem, eu falei que ia chegar e ia fazer. Mas eu errei a técnica. Meu braço estava explosivo, mas eu errei demais. É, porque assim, você faz o primeiro, você faz uma marca, o segundo você queima. Meu amigo, o terceiro você tem que pensar muito”, disse Iza.
