Você sabia que pela primeira vez na história corredores amadores vão poder disputar a maratona olímpica no mesmo percurso dos atletas que vão brigar pelas medalhas em Paris-2024? Ao todo 20 mil privilegiados vão disputar da prova, dos quais 195 são brasileiros. Para participar, foi necessário completar uma série de desafios no aplicativo do evento, além de passar por um sorteio.
A prova dos amadores vai acontecer entre as duas maratonas oficiais dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Valendo medalha, os homens correm no dia 10 de agosto e as mulheres no dia 11, ambas às 8h da manhã. O corrida dos corredores comuns vai acontecer às 21h do dia 10.
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Dos 195 brasileiros que vão participar da maratona olímpica, pouco mais de um terço deles se reuniu na ASICS House, em São Paulo, para receber dicas sobre o percurso e sobre nutrição, além de entender ainda mais o tamanho do que estão próximos a vivenciar. Vai ser a primeira vez na história e, quem sabe, a única, já que a maratona olímpica para amadores ainda não foi confirmada nos Jogos de Los Angeles-2028. “Só de pensar a gente já fica emocionado porque como corredor e como atleta amador, a gente sempre tem grandes sonhos, mas nunca um sonho tão grande quanto estar presente numa maratona olímpica”, diz Marcelo Avelar, embaixador da ASICS e dono de uma das maiores assessorias esportivas do Brasil, a CZN (Corredores da Zona Norte).
O percurso
Uma oportunidade única de se desafiar num percurso ao mesmo tempo cheio de atrações e também de desafios. “Para se ter uma ideia, não tem chance de recorde para a elite porque é um percurso muito difícil, totalmente diferente do que é usado na maratona de Paris, que acontece em abril. Esse percurso passa por Versalhes e tem uma subida do km 20 ao km 27. Para nós amadores ir para lá, com essa carga toda e encarar esse percurso difícil, coloca ainda mais tempero no negócio”, acredita
“Vamos passar por muitos prédios históricos e vamos passar do lado da Torre Eiffel por duas vezes. Na ida e na volta e o trecho que vai ser mais desafiador é a subida para Versalhes. Esse trecho vai ser muito inusitado para todos nós, mas tenho certeza de que chegar lá e ver o Palácio de Versalhes vai compensar todo o esforço”, acredita a professora e psicóloga Cris Nali, de 54 anos, que disputar sua primeira maratona em Paris-2024. Ela estava se preparando para correr em Buenos Aires quando sofreu uma fratura por estresse e teve que abortar os planos. Quis o destino que ela então tivesse que estrear na histórica corrida que vai acontecer na capital francesa. “É um grande privilégio fazer parte dessa história e nesta fase da minha vida”, comemora Cris.
Desafio
A maioria dos corredores amadores está acostumada a disputar provas pela manhã, normalmente muito cedo. Mas desta vez terão que se adaptar a correr de noite. Não só pelo horário, mas também por ter que arrumar um jeito de descansar mesmo estando em Paris e, naturalmente, com vontade de turistar. “Não é o meu horário predileto. Eu sou muito diurna, mas é a cidade luz. E se Paris não iluminar a gente, nós iluminaremos Paris com certeza”, brinca Cris Nali.
Com todo o charme de Paris e o privilégio de correr em meio aos Jogos Olímpicos, não há como não estar ansioso. Na mente de cada um dos participantes, passa um filme do que eles imaginam que vão viver. Cada um com seu jeito, com sua experiência e com seus sonhos, mas todos eles, certamente, sonhando em cruzar a linha de chegada.
“Vai ser uma medalha de uma maratona olímpica. Vou me transformar em um maratonista olímpico! A ficha ainda não caiu totalmente”, confessa Marcelo Avelar. “Eu vou chorar de qualquer jeito se eu terminar no tempo que eu estou pretendendo fazer, se eu não terminar no tempo, mas certamente eu estou muito confiante que vou conseguir atravessar aquela linha (de chegada). Vai ser um choro só. Vai ser muita emoção com certeza”, completa Cris.