A tarde desta quarta-feira (26) trouxe uma reviravolta para o atletismo brasileiro. Suspenso por doping, em maio deste ano, Thiago Braz está liberado para tentar a vaga no salto com vara para Paris-2024. De acordo com o GE, a autorização veio através de uma liminar concedida pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), que torna possível a participação do brasileiro no Troféu Brasil. O evento ocorre entre os dias 27 e 30 de junho, em São Paulo. Nele, Braz terá de alcançar o índice olímpico de 5,82m para se classificar aos Jogos.
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Entenda o caso
No dia 28 de maio deste ano, a União de Integridade do Atletismo (AIU) anunciou a suspensão de Thiago Braz por 16 meses por conta do uso de ostarina, substância proibida que tem ação anabolizante. A punição é válida desde julho de 2023 e, por isso, ele só estaria apto a competir em novembro de 2024, ou seja, estaria fora de Paris-2024.
O atleta alegou que ingeriu a substância a partir de suplementos contaminados. Na época, a AIU chegou a pedir uma pena que poderia chegar a quatro anos por considerar que a ação do brasileiro foi “imprudente”, já que ele estava ciente do risco de ingerir suplementos manipulados das farmácias brasileiras.
No entanto, o Tribunal Disciplinar da entidade entendeu que ele não desconsiderou manifestamente o risco porque contou com sua equipe médica para aconselhamento. Assim, a maioria do painel determinou que ele não estava em “Falha Negligência Significativa” e sua punição pôde ser reduzida em mais da metade do indicado inicialmente.
Braz argumentou que não usou a ostarina de forma consciente, pois recebeu os suplementos – contendo a substância proibida – pelo seu nutricionista esportivo. O atleta alegou ainda que o profissional havia lhe garantido que havia segurança com os alimentos e que nenhum dos suplementos continham substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidopagem (Wada).
Apto para competir
Após a suspensão, Thiago Braz, por meio de seu advogado, Marcelo Franklin, entrou com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Na defesa, voltou a alegar que “foi vítima de contaminação de suplementos, uma violação não intencional, com ausência de culpa significativa”. O CAS, então, concedeu uma liminar que suspende momentaneamente a punição anterior.
Em mensagem enviada para o Globo Esporte, Marcelo Franklin confirma: “Precisamente às 13h (de Brasília), recebemos um e-mail da Corte Arbitral do Esporte, concedendo uma liminar para que fosse levantada a suspensão imposta ao Thiago Braz, permitindo que ele tente a qualificação olímpica no Troféu Brasil, que ocorrerá de 27 a 30 de junho, em São Paulo. A decisão está sendo muito comemorada, e temos um forte otimismo de que ele novamente representará o nosso país nos Jogos Olímpicos”.
Nas redes sociais, Thiago também se manifestou. O saltador compartilhou uma publicação em que a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulga o Troféu Brasil e escreveu: “É o que sempre disse: Acredite em vocês! Mesmo que as circunstâncias ou pessoas digam não, continue acreditando que é possível”.
Aos 30 anos, Thiago Braz é um dos principais atletas de salto com vara do mundo. Além das duas medalhas olímpicas, ele conquistou uma prata no Mundial de Atletismo Indoor de Belgrado 2022. Agora, tentará a vaga para os Jogos de Paris-2024, que começarão em 30 dias. Para garantir a qualificação, ele precisará saltar acima de 5,82m no Troféu Brasil.
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