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Atletismo

Felipe Bardi é o novo recordista sul-americano dos 100m

Após Issamade Asinga, de Suriname, sofrer punição por conta do doping, o brasileiro Felipe Bardi assumiu a melhor marca do continente

Felipe Bardi, Recorde
Divulgação: Atletismo Paulista - Foto: Chris Correa Sports

O recorde sul-americano dos 100m rasos é do Brasil! Após o velocista Issamade Asinga, de Suriname, sofrer punição por conta do doping e ter seus resultados anulados, o brasileiro Felipe Bardi assumiu a melhor marca do continente. O brasileiro havia marcado 9.96s durante a disputa do Troféu Bandeirantes no ano passado, sendo o segundo brasileiro na história a correr abaixo dos dez segundos.

Entenda o caso

Entre julho e agosto do ano passado, Issamade Asinga venceu o campeonato dos 100m livre do Sul-Americano de atletismo em São Paulo. O velocista de Suriname marcou o tempo de 9.89s, e ainda bateu o recorde mundial sub-20. No entanto, dias após a conquista ele foi pego no exame antidoping com GW1516 (cardarine). Esta substância ajuda na queima de gordura, aumenta resistência e acelera a recuperação muscular.

Asinga, então, foi banido por quatro anos do atletismo, contando a partir de 9 de agosto de 2023, quando ele foi suspenso provisoriamente. Dessa forma, como ele foi campeão do dia 30 de julho, o resultado foi do Sul-Americano foi anulado, assim como todas as sua provas a partir do dia 18 de julho, quando foi flagrado no exame. A punição também retira a sua vaga aos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

O banimento ainda favoreceu outros atletas brasileiros, já que Erik Cardoso acabou herdando o ouro na prova, com o colombiano Ronal Mosquera ficando com a prata e o brasileiro Paulo André, com o bronze. Vale destacar que Erik, em julho de 2023, foi o primeiro atleta do país e o primeiro sul-americano a correr abaixo dos 10 segundos.

Recorde é do Brasil!

Felipe Bardi, atleta do Sesi São Paulo, venceu a prova dos 100m no Troféu Bandeirantes, em São Bernardo do Campo-SP, em setembro de 2023, com o tempo de 9s96. Ao cruzar a linha de chegada, o marcador da competição chegou a apontar o tempo de 9s97. Mas, em seguida, corrigiram para 9s96. O vento de 1m/s está dentro do limite para a homologação da marca.

A espera pela oficialização do novo recorde veio somente nesta semana, mas teve muita comemoração. O técnico dos atletas, Darci Ferreira da Silva, destacou que já esperava o resultado. “Quando vimos qual era a substância, estávamos seguros. Só não entendemos a demora. A justiça acabou prevalecendo”, diz.

Ele ainda elogiou as provas de São Paulo. “O atletismo em São Paulo, com a gestão do Joel, cresceu muito. Todo país quer competir aqui e as competições contribuem muito para o desenvolvimento da modalidade”, completa.

“Esse feito mostra a seriedade e o profissionalismo dos clubes de São Paulo, bem como destaca o nível das competições realizadas. Felicitamos o Felipe e o Erik, que conseguiram resultados expressivos de forma limpa e após muita dedicação e treinos”, destaca o presidente da Federação Paulista de Atletismo, Joel Oliveira.

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Paulista de 25 anos. Graduando em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais. Apaixonado por esportes.

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