A Seleção Brasileira de atletismo já está em Kobe, no Japão, se preparando para o Mundial de Atletismo Paralímpico. Por lá, os brasileiros deram início aos primeiros treinamentos e à adaptação ao fuso-horário do país. Ao todo, 46 atletas e 10 atletas-guia representarão o Brasil no evento que acontece a partir do dia 17 (no Brasil, dia 16 à noite) até 25 de maio.
O Mundial no Japão será realizado no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Isso porque, o Comitê Organizador Local solicitou ao Comitê Paralímpico Internacional o adiamento da competição, que seria em 2021, devido à pandemia de coronavírus. Assim, a cidade japonesa está sediando o evento no ano posterior ao Mundial de Atletismo Paralímpico de Paris 2023, quando o Brasil teve seu melhor desempenho na história em Mundiais. Na ocasião, foram 47 medalhas no total, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.
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Primeiros desafios em Kobe
O processo de preparação para a competição no Japão está sendo intenso. Mesmo já estando há alguns dias em solo japonês, alguns atletas ainda têm enfrentado dificuldades na adaptação com o horário do sono e na alimentação entre os primeiros treinos em Kobe.
“Foi uma viagem muito longa. Conseguimos descansar um pouco, mas acabei perdendo o sono na madrugada e fiquei acordada até de manhã. Então, essa questão do fuso horário ainda mexe um pouco com a gente. No entanto, até o período da nossa estreia já estaremos adaptados à rotina no Japão”, afirmou a lançadora e arremessadora paulista Beth Gomes, da classe F53 (que competem sentados).
Na manhã (do Japão) desta quarta-feira (15), atletas do campo, como os paulistas Eduardo Pereira (F34) e Giovanna Boscolo (F32), a baiana Raissa Machado (F56), a amapaense Wanna Brito (F32), além das saltadoras em distância Zileide Cassiano (T20) e Débora Lima (T20), treinaram em um campo de treinamento anexo ao Estádio Kobe Universiade Memorial Stadium, onde acontecerá a competição oficial.
Já os competidores de pista, como Petrúcio Ferreira (T47), Washignton Nascimento (T47), Samuel Conceição (T20), além dos cadeirantes Aline Rocha (T54), Ariosvaldo Fernandes (T53) e de Vinícius Quintino (T72), da Petra, realizaram suas atividades no parque Shiawase No Mura, também em Kobe. À tarde, alguns deles puderam realizar um trabalho de reconhecimento da pista e do campo do estádio-sede do Mundial.
“Esta é a primeira vez que viajo para um país tão distante do Brasil, com fuso horário de 12 horas. Então, não dormi direito nos primeiros dias e também não tenho sentido muita fome no almoço e na janta. Mas estou me preparando bem porque minha estreia está próxima e vou em busca de um pódio para o Brasil”. Avaliou Wanna Brito, que competirá no lançamento de club.
Bom retrospecto
Ao todo, o Brasil já conquistou 267 medalhas na história dos Mundiais de atletismo. Isso sem considerar a participação do país na edição de Birmingham 1998 por falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional. Assim, foram 89 ouros, 81 pratas e 97 bronzes.
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