Considerado um dos atletas paralímpicos mais rápidos do mundo, o brasileiro Vinícius Rodrigues conquistou um lugar no pódio logo na sua primeira participação em uma Paralimpíada. Nos Jogos de Tóquio-2020, ele quebrou o recorde do torneio na prova de 100m rasos, pela classe T63, mas acabou terminando com a medalha de prata. Isso ocorreu pois a disputa uniu também a classe T42, com atletas que possuíam deficiência apenas em membros inferiores. Para o Programa Sem Limites, ele relembrou a situação e contou sua frustação sobre o resultado na final.
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Frustração na final
“Essa junção de classe acabou tirando meu ouro, né? Uma tristeza saber que eu sou o campeão da minha classe, mas não sou, né? Sou mais, não sou. Eu bati o recorde da Paralimpíada e fiquei em segundo. Já passou uns três anos e eu estou com essa raiva ainda. Na minha cabeça eu ganhei, né? Fiz uma prova muito boa, só que acabei não levando o ouro, não escutei o hino assim como o Ayrton (Senna) escutava. Então, minha missão parece que não foi concluída”, contou Vinícius.
Antes disso, o paranaense teve outra grande frustração na carreira, quando buscava sua classificação para os Jogos Paralímpicos do Rio-2016. “Eu estava com essa meta de ir para o Rio, que tinha dois anos do meu acidente. Foi um episódio muito barra, porque minha filha estava para nascer na sexta e a Seletiva foi no sábado. Estava com tanta energia canalizada que fui lá e queimei o tiro. Fiquei muito mal de perder a Paralimpíada em casa, com o estádio inteiro gritando meu nome, ia ser muito legal, né? Tenho muita raiva desse dia”, relatou o velocista.
“O Rio foi pior porque eu nem fui. Aí quando eu fui fiquei com a sensação de me sentir roubado, fiz o recorde paralímpico e fiquei em segundo. Então, como vou contar para o meu neto, “vovô bateu o recorde da Paralimpíada e ficou em segundo”, completou Vinícius Rodrigues.