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Atletismo

Atletismo brasileiro lamenta destruição da pista do Ibirapuera

Comunidade do atletismo se manifesta após destruição da pista do Estádio do Ibirapuera para realização de evento de automobilismo

Colagem de fotos da pista de atletismo do Ibirapuera sendo arrancada por máquina
(Foto: Reprodução/Ultimate Drift BR)

Ao longo do último fim de semana, imagens do Estádio Ícaro de Castro Melo, o Ibirapuera, chocaram a comunidade do atletismo brasileiro. Em vídeos divulgados nas redes sociais, os organizadores de um evento automobilístico da categoria drift destruíam a pista de atletismo do local, considerado um dos principais templos do atletismo nacional.

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Nesta terça-feira (13), a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou uma nota, onde se disse preocupada com a utilização do Estádio do Ibirapuera para a disputa do “Ultimate Drift” no próximo mês. Ainda segundo a nota, o presidente da CBAt, Wlamir Motta Campos, fez contato com a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo após tomar conhecimento do fato e foi informado que arrancar a borracha facilitaria em uma futura reforma da pista. Mesmo assim, o gestor da CBAt se mostrou preocupado.

“Confesso que temos uma preocupação enorme, pela estrutura, e principalmente pelo histórico. Quando mudamos a função da pista isso acaba por distanciar o propósito”, disse Wlamir se referindo ao que aconteceu com o Estádio Célio de Barros, no Rio de Janeiro, que foi transformado em estacionamento na última reforma do Maracanã. “Falo não apenas como presidente da CBAt, eleita em 2022 como a melhor confederação de atletismo do mundo, mas como um amante do atletismo. O Ibirapuera viveu dias de glória. João do Pulo brilhou no Ibirapuera, Joaquim Cruz também, realizamos os maiores meetings internacionais de atletismo no Ibirapuera”, acrescenta Wlamir.

Comissão de atletas se manifesta

A Comissão de Atletas da CBAt também mostrou indignação com a destruição da pista de atletismo do Ibirapuera. “Lamentamos ver mais um templo do atletismo brasileiro sendo transformado para outros fins, sem considerar sua importância histórica e estratégica para o desenvolvimento da modaliade. Gostaríamos que as autoridades governamentais entendessem os impactos intangíveis que tais estruturas trazem a sociedade”, afirmou a Comissão através de uma nota oficial.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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