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Atletismo

Esperança do atletismo, Renan Gallina foi destaque em 2023

Com apenas 19 anos, Gallina conquistou ouros nos 200m e no revezamento 4x100m do Pan e sonha com final em Paris

Renan Gallina em ação nos 200m do Mundial de Budapeste
Renan Gallina em ação nos 200m do Mundial de Budapeste (Wagner Carmo/CBAt)

O Brasil teve bons resultados obtidos por atletas jovens em 2023. Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, Renan Gallina foi o grande exemplo disso. Com apenas 19 anos, o velocista paranaense conquistou as medalhas de ouro nos 200m e no revezamento 4x100m. Além disso, ele ainda foi semifinalista dos 200m no Mundial de Atletismo em Budapeste, na Hungria.

Embalado pelos resultados de 2023, o grande objetivo do atleta agora é chegar à final dos Jogos Olímpicos. “Se Deus quiser, vou conseguir disputar a final. Claro que teremos adversários importantes e todos vão a Paris com sangue nos olhos” disse Renan. Ele teve apenas uma semana de descanso após o Pan e já está em atividade visando 2024. “Temos de trabalhar duro, com 100% de empenho e dedicação”, completou.

Além disso, o velocista espera não enfrentar contratempos. “Fiquei muito feliz pelas conquistas de 2023. Foi difícil, mas esse era um sacrifício que eu estava disposto a fazer, tanto pela equipe quanto para mim. É uma satisfação imensa. Tive uma temporada muito longa, uma contusão que me tirou do Troféu Brasil e do Sul-Americano, mas agora toda a energia está voltada para 2024”, comentou Gallina.

Início no salto

Renan Gallina tem 10s01 (1.9) como recorde pessoal nos 100m, obtido no Sul-Americano Sub-20 de Bogotá, na Colômbia. Nos 200m, ele correu no ano passado em 20s12, em Cuiabá (MT), quando assegurou qualificação para o Mundial de Budapeste. A marca é recorde sul-americano, assim como brasileiro no Sub-20.

Uma curiosidade sobre Renan Gallina é que, por muitos anos, ele disputou competições no salto em altura e de velocidade. Inclusive, a sua primeira medalha internacional veio em 2018, quando saltou 1,82m nos Jogos Escolares de Arequipa, no Peru. Além disso, o atleta tem recorde brasileiro do salto em altura na categoria sub-16 até hoje, com 2,01m feito em 2019.

A base vem forte

No feminino, a também paranaense Amanda Miranda da Silva brilhou na categoria no Sub-18. Ela bateu o recorde brasileiro nos 400m com barreiras e ganhou duas medalhas de ouro na primeira edição do Ibero-Americano de Lima, no Peru. Além disso, a atleta da Geração Atletismo de Cianorte-PR venceu as barreiras e ainda os 400m rasos no Campeonato Brasileiro Sub-18, em Aracaju (SE), em agosto. Ela é treinada por Tamires Aparecida dos Santos.

Amanda de Miranda
(Marcos RodriguesCBAt)
Amanda de Miranda (Marcos Rodrigues/CBAt)

“Foi um ano significativo no desenvolvimento técnico e importante também na preparação da temporada. Vivências internacionais somaram no amadurecimento dela ao lidar com estes níveis de performance. Nosso objetivo para 2024 é buscar um excelente resultado no Campeonato Mundial Sub-20”, afirmou Tamires, referindo-se à competição marcada para agosto, em Lima, no Peru.

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Outro atleta que se destacou no sub-18 foi o catarinense Vinícius de Brito. Assim como Amanda, ele quebrou o recorde brasileiro da categoria nos 110m com barreiras, com 13s20 (1.7). A marca veio durante os Jogos da Juventude, em Pirassununga (SP), em setembro. Ele tem Jeferson Bagatoli como treinador, que foi ouro no Ibero-Americano nos 110m e prata nos 400 m com barreiras.

Vinícius de Brito
Vinícius de Brito (Lucas Dantas/CBAt)

“Parece irreal, tem sido tudo muito ligeiro. Em 2021, eu disputei os Jogos do Estado (SC), me qualifiquei para os Jogos da Juventude e começou a dar tudo certo, com todos os objetivos sendo cumpridos”, assim lembrou Vinícius.

*Com informações da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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