O Brasil será representado por Ketiley Batista, Micaela Mello e Caroline Tomaz nos 100 m com barreiras feminino dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Em Lima-2019, o país não contou com nenhum participante na prova, que foi vencida pela costarriquenha Andrea Vargas.
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Não é todo mundo que sabe, mas a campeã olímpica do salto em distância em Pequim 2008, Maurren Maggi se dividia no começo de carreira entre a prova que a tornou famosa e os 100 m com barreiras. E ela era muito boa, tanto que a marca de 12.71, obtida por ela em 2001 é até hoje o recorde brasileiro. Dois anos antes do melhor tempo de sua vida, Maurren disputou a final da prova em Winnipeg 1999, cravou 12.86 e conquistou a medalha de prata, ficando atrás da tricampeã Aliúska Lopez, que venceu a prova com 12.76. Na época com 23 anos, Maurren desabou no chão e começou a chorar com a emoção da conquista (foto acima). É até hoje a única medalha brasileira na história dos Jogos Pan-Americanos nos 100m com barreiras feminino.
A estrela dos Jogos
Não houve disputa dos 100 m com barreiras feminino nas cinco primeiras edições dos Jogos Pan-Americanos. A prova só foi instituída em Cali 1971. De lá para cá, os Estados Unidos foram os maiores vencedores com seis dos 13 ouros colocados em disputa. Mas a atleta que mais vezes subiu no lugar mais alto do pódio é cubana. Aliuska López foi tricampeã dos Jogos Pan-Americanos ao colocar a medalha dourada no peito em Havana 1991, Mar Del Plata 1995 e Winnipeg 1999.
Prima do saltador Iván Pedroso, outro ídolo do esporte de seu país de nascença, é até hoje detentora do recorde mundial júnior dos 100m com barreiras feminino, obtido na Universíade de 1987. A atleta participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos (1992, 1996, 2000 e 2004), mas só chegou duas vezes à final, terminando em sexto em Barcelona 1992 e em quinto em Sydney 2000. Nos Jogos de Atenas 2004, ela representou a Espanha, país para o qual se naturalizou, mas, aos 35 anos, não passou do 24º. lugar na competição.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Ordem | País | Total | |||
1 | EUA | 6 | 5 | 2 | 13 |
2 | Cuba | 3 | 2 | 5 | 10 |
3 | Jamaica | 2 | 0 | 2 | 4 |
4 | Peru | 1 | 0 | 0 | 1 |
Costa Rica | 1 | 0 | 0 | 1 | |
6 | Canadá | 0 | 5 | 3 | 8 |
7 | Brasil | 0 | 1 | 0 | 1 |
8 | Colômbia | 0 | 0 | 1 | 1 |
A prova
100 metros com barreiras é uma prova olímpica de atletismo disputada apenas por mulheres. Seu equivalente masculino são os 110 metros com barreiras.
A prova é disputada numa reta onde raias de corrida estão demarcadas. A largada é feita a partir de blocos de partida no chão da pista, como as demais provas de velocidade do programa olímpico. Nos seus cem metros de extensão são dispostas 10 barreiras; a primeira surge treze metros depois da linha de partida, as seguintes têm 8.5 metros de intervalo entre si e depois da última barreira há um percurso de 10.5 metros até à linha da meta.
As barreiras têm 83,8 cm e são colocadas de modo a que caiam para a frente, caso sejam tocadas pela corredora. O toque ou mesmo a derrubada de barreiras não é motivo de desqualificação já que, geralmente, afeta de forma negativa o tempo obtido pela concorrente. A competidora pode ser desclassificada caso invada a raia de outra atleta ou tenha um tempo de reação ao sinal de largada inferior a 0.1s, considerado uma largada falsa