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Fernanda Yara é ouro e Brasil fatura mais cinco medalhas em Paris

Com mais uma dobradinha, Fernanda Yara da Silva é campeã mundial nos 400m T47 em Paris

Fernanda Yara da Silva faz coração em comemoração a ouro no Mundial de atletismo paralímpico
Fernanda Yara comemora medalha de ouro (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Mais um vendaval de pódios para o Brasil no Mundial de atletismo paralímpico. O país conquistou mais seis medalhas na sessão da tarde desta sexta-feira (14), em Paris, na França. Uma delas foi de ouro, com Fernanda Yara da Silva, que triunfou nos 400m T47, com direito a dobradinha com Maria Clara Augusto, medalhista de bronze. Ainda houve duas pratas e dois bronzes.

Em um encontro de duas gerações distintas, Fernanda Yara da Silva e Maria Clara Augusto fizeram dobradinha nos 400m T47 (deficiência nos membros superiores). Fernanda, de 36 anos, levou o ouro com 57s30, enquanto Maria, de 19, levou o bronze com 58s49. A chinesa Li Lu conquistou a medalha de prata, com 58s13.

Mais medalhas

Ainda na pista, Antônia Keyla da Silva conquistou a medalha de prata nos 1.500m T20 (deficiência intelectual), batendo o recorde das Américas, com 4min30s75. Foi seu primeiro pódio mundial. A polonesa Barbara Bieganowska-Zajac levou o ouro com 4min28s66, enquanto a ucraniana Liudmyla Danylina foi bronze com 4min32s93.

Já no campo, a amapaense Wanna Brito faturou a prata no arremesso de peso da classe F32 (paralisia cerebral), com 6,80m. Ela ficou atrás apenas da ucraniana Anastasiia Moskalenko, que levou o ouro com 7,50m, novo recorde do campeonato. A australiana Rosemary Little foi bronze, com 6,33m. No arremesso de peso F46 (deficiência nos membros superiores), Suzana Nahirnei ficou em sexto lugar, com 10,37m.

Bronzes

Ariosvaldo Fernandes, o Parré, na cadeira de rodas e com capacete
Parré em concentração antes da final (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Ariosvaldo Fernandes, o Parré, levou o bronze nos 100m da classe T53 (para cadeirantes). Ele marcou 14s91, ficando atrás do tailandês Pongsakorn Paeyo, ouro com 14s51, e do Abdulrahman Alqurashi, prata com 14s84. Foi a primeira medalha de Parré neste Mundial. Ele tem 46 anos de idade.

José Alexandre Martins faturou a medalha de bronze nos 400m T47, marcando 49s00, a melhor marca de sua vida. O marroquino Ayoub Sadni foi ouro com recorde mundial de 46s78, enquanto o estadunidense Tanner Wright levou a prata a 48s95. Outro brasileiro na disputa, Lucas Lima terminou na quinta colocação, com 49s43.

José Alexandre Martins comemora medalha no Mundial de atletismo paralímpico
José Alexandre Martins comemora primeira medalha mundial (Foto: Alexandre Schneider/CPB)

Com os resultados da tarde, o Brasil chegou à marca de 31 medalhas conquistadas na competição, sendo dez ouros, oito pratas e 13 bronzes. Assim, o país segue na segunda colocação do quadro geral de medalhas, atrás da China, que tem 13 ouros, 11 pratas e seis bronzes. O melhor desempenho do Brasil em um Mundial de atletismo paralímpico foi em Dubai 2019, com 14 ouros, nove pratas e 16 bronzes.

Eliminatórias

Entre as disputas eliminatórias do dia, Samuel Oliveira venceu sua bateria nos 400m T20 (deficiência intelectual), com 48s41, e avançou de forma direta à final. Na mesma prova, o atual campeão mundial Daniel Tavares ficou em terceiro lugar em sua série, com 48s17, mas também se classificou para a decisão. A decisão ocorrerá neste sábado (15), às 14h45 (de Brasília).

Além disso, Lorraine Gomes avançou para a semifinal dos 100m T12 (deficiência visual). Correndo com o guia Fernando Martins, ela venceu sua bateria eliminatória com 12s65. A semi ocorrerá no sábado (15), às 05h40 (de Brasília).

Já Daniel Gomes, com o guia Jonas Silva, não passou para a final dos 100m T11 (cegos), ao marcar 11s34 e ser o terceiro na bateria semifinal. Por fim, Samuel Eckert ficou em quinto lugar em sua bateria eliminatória nos 400m T13 (deficiência visual), com 50s82. Dessa forma, ele também não se classificou para a final.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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