O Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio pela segunda vez no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico. Nesta terça-feira (2), Thalita Simplício conquistou a medalha de ouro dos 400m da classe T11. Além disso, o país ainda faturou duas medalhas de bronzes com André Rocha, no lançamento de disco, e Cícero Nobre, no lançamento de dardo.
+Quadro de medalhas do Mundial de atletismo paralímpico 2023
Assim como nas semifinais, Thalita fez o melhor resultado da carreira na decisão. Com 56s60, ela ficou muito perto de bater o recorde do Campeonato Mundial, que pertence a Terezinha Guilhermina com 56s56. Lahja Ishitile (57s18), da Namíbia, e a colombiana Angie Pabon (58s22) completaram o pódio.
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“É uma alegria, uma satisfação. Estou muito feliz. Gostei muito da corrida. Aconteceram alguns erros, mas conseguimos contorná-los no decorrer da prova e finalizar bem. Agora vamos partir para os 100m e os 200m para buscar mais medalhas”, afirmou a atleta que nasceu com glaucoma.
Essa foi a quarta medalha de Thalita em Mundiais de atletismo. Ela foi ouro nos 400m e prata nos 200m em Dubai 2019, além de bronze nos 400m em Doha 2015.
Em Paris, além dos 400m, Thalita vai competir nas provas dos 100m, às 6h44 (de Brasília) desta quarta-feira, 12, e dos 200m, no próximo domingo, 16.
André Rocha conquistou a medalha de bronze no lançamento de disco. Competindo pela classe F52, o brasileiro fez 20,34m como sua melhor marca. O indiano Amrutlal Panchal (21,17m) levou o ouro, enquanto letão Aigars Apinis (20,46m) ficou com prata. Esse foi o segundo pódio do atleta cadeirante em Mundiais após o ouro no lançamento de disco em Londres 2017.
“Foi uma prova de altíssimo nível. Já tinha competido com muitos deles em outras competições. Não era a cor da medalha que eu queria. Eu vim para buscar o bicampeonato. Eu estava bem mentalmente, fisicamente. Mas, infelizmente não saiu. O esporte é assim. Mesmo assim, não foi uma derrota. Estamos no pódio novamente”, disse André Rocha, que viu o indiano Ajitkumar Panchal ficar com o ouro ao realizar o lançamento em 21,17m, e o letão Aigars Apinis, com a prata, ao atingir 20,46m.
Bronze inesperado
Uma grande reviravolta aconteceu no resultado final do lançamento de dardo F57 (cadeirantes). Amanolah Papi, medalhista de ouro da prova ontem (10), teve seu resultado contestado pelos seus adversários, que apontaram uma irregularidade. Na manhã desta terça-feira (11), a organização do Mundial entendeu que Papi não manteve o posicionamento correto na hora do lançamento e, assim, o campeão acabou eliminado.
Dessa forma, o paraibano Cícero Nobre, quarto lugar, assumiu a terceira colocação geral e conquistou a medalha de bronze. O ouro foi para o turco Mummahet Khalvandi, enquanto a prata ficou com o uzbeque Yorkinbek Odilov.
“Fiquei até um pouco surpreso [de receber o aviso da medalha. A sensação é de que o justo foi feito. O recurso tecnológico detectou depois da prova que o primeiro colocado queimou na prova. Estou bastante feliz, meu segundo Mundial na carreira. Só felicidade”, revelou assim Cícero.
Daniel Mendes fora da final
Atual recordista mundial dos 400m da classe T11, Daniel Mendes não conseguiu se classificar para a final da prova no Campeonato Mundial de Atletismo paralímpico. Na manhã desta terça-feira, Daniel ficou em último lugar na primeira bateria das semifinais e deu adeus à disputa por medalha.
Na fase classificatória, Daniel Mendes já não teve um bom desempenho. Ele terminou a sua bateria na segunda posição, marcando 52s87. Na semifinal, o bicampeão mundial e medalhista paralímpico, aumentou seu tempo para 52s91 e terminou em último lugar. Dessa forma, foi desclassificado da competição.
Além de Daniel, Felipe Gomes também esteve na mesma bateria da semifinal. Diferentemente do colega, Felipe fez 51s19 e conseguiu sua melhor marca da temporada pela segunda vez para terminar com a segunda posição e a vaga na final dos 400m.
Outros brasileiros
Além disso, outros brasileiros também disputaram finais no terceiro dia do Mundial de Atletismo Paralímpico. Correndo com uma cadeira brasileira e desenvolvida por ele mesmo, Ariosvaldo da Silva fez sua melhor marca da temporada na final dos 400m da classe T53. Com 50s34, Parré ficou com a oitava colocação. Mesma situação de Maria Clara Augusto. Com 12s59, ela fez o tempo da vida nos 100m da classe T47 e chegou em sexto lugar.
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Rayane Soares (200m T13), Jardênia Felix da Silva (400m T20), Fabrício Barros (100m T13), Samuel Eckert de Souza (100m T13) e Paulo Henrique dos Reis (100m T13) se classificaram para as finais das suas provas.