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Caçula do Brasil é bronze no Mundial de atletismo paralímpico

Mais jovem da delegação brasileira no Mundial de atletismo paralímpico, Vinícius Quintino, de apenas 16 anos, foi bronze nos 100 m T2

Vinícius Quintino comemora a medalha de bronze no Mundial de atletismo paralímpico
Vinícius Quintino comemora a medalha de bronze no Mundial de atletismo paralímpico (Alê Cabral/CPB)

Atleta mais novo da delegação do Brasil no Mundial de atletismo paralímpico, Vinícius Quintino, de apenas 16 anos, conquistou neste domingo a medalha de bronze nos 100 m T2, classe em que os competidores com paralisia cerebral correm com a ajuda da petra, uma espécie de triciclo adaptado. O jovem brasileiro cravou 17s60, apenas dois centésimos a frente de Deividas Podobajevas, que ficou em quarto. Os britânicos Gavin Drysdale, com 16s66, e Rafi Solaiman, com 16s78, faturaram o ouro e a prata. Foi o segundo pódio brasileiro na competição. Pela manhã, Lorena Spoladore foi prata no salto em distância T11.

Vinícius Quintino ao lado do técnico Henrique Gavini no Mundial de atletismo paralímpico
Vinícius Quintino e o técnico Henrique Gavini pouco antes da prova em Paris (Arquivo pessoal)

A conquista premia a evolução extremamente rápida de Vinícius Quintino no atletismo. Aluno da escolinha do CPB, ele começou no esporte em 2021 e, em apenas dois anos, conseguiu uma medalha no Mundial de atletismo paralímpico. “O Vinícius teve uma evolução meteórica. Ele corria 100 m em 44 segundos em 2021 e fez 17 segundos para conquistar o índice para o Mundial. É uma diferença de quase 30 segundos”, conta Henrique Gavini, atual analista de desempenho do CPB, que foi professor do caçula da delegação brasileira na escolinha e hoje é técnico do garoto.

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APAIXONADO POR ESPORTE

Contrato que Vinícius Quintino fez os pais assinarem para o autorizarem a

Apaixonado por esporte e fã de Rogério Ceni, Vinícius Quintino nunca se deixou limitar pela deficiência. O sonho era ser jogador de futebol, mas não o deixavam praticar com medo que ele se machucasse. Quando ele tinha 12 anos, no entanto, ele fez os pais assinarem um contrato o autorizando a ir todo dia na quadra para tentar ser goleiro profissional.

“Aí ele arrumou uma escolinha e foi jogar. Com isso, ele teve muito estímulo e desenvolveu um repertório muito bom de movimentos, apesar das dificuldades motoras. E, não satisfeito, ele ainda quis lutar judô”, conta o técnico Henrique Gavini.

“A interpretação que eu faço sobre o lance do contrato é que foi um recado que ele deu aos pais. É muito mais do que um esporte. Ele quis dizer para os pais: ‘me deixa viver, não atrapalha meu sonho porque eu vou ser o cara”, acredita o treinador.

Para completar, Vinícius Quintino fez um pedido aos pais antes de viajar para Paris. “Ele tem alguns sonhos. Então, ele pediu para os pais fazerem um churrasco na casa da avó, todo mundo com a camisa do Brasil para assistir a prova dele todo mundo junto”, conta Henrique Gavini. Uma brilhante ideia, já que todos juntos puderam comemorar a conquista histórica do orgulho da família.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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