O Ministério do Esporte optou pelo encerramento da Rede Nacional de Treinamento de Atletismo (RNTA), legado dos Jogos Rio-2016.
O Ministério do Esporte decidiu encerrar as atividades do programa Rede Nacional de Treinamento de Atletismo (RNTA), que mantinha convênio com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira.
Orientada pelo Ministério do Esporte, a CBAt está indenizando os funcionários do programa. Após o pagamento dos direitos trabalhistas, o saldo dos recursos financeiros será devolvido à instituição.
Instituído devido à Rio 2016, o programa possibilitou a realização de campings de treinamento, que beneficiaram atletas e treinadores. Durante parte destes eventos, foram elaboradas análises de desempenho e evolução dos participantes, pela equipe multidisciplinar. A CBAt ainda organizou cursos e clínicas, com a consultoria de treinadores brasileiros conceituados, e mesmo com renomados especialistas estrangeiros.
De acordo com o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, o local foi um importante legado olímpico. “A constituição da RNTA foi um importante legado olímpico, um programa-referência mesmo para outros esportes. Tentamos de todas as formas manter o convênio, estive em Brasília, visitei vários órgãos públicos, mas não conseguimos recursos para continuar com os trabalhos”, afirmou.
O dirigente reitera que o país “vive um momento especialmente difícil, com empresas e instituições, públicas e privadas, enfrentando a escassez de recursos”. “Isso, evidentemente, dificultará a preparação de nossos atletas para os Jogos de Tóquio”, alerta.
Toninho aproveita para deixar uma mensagem à comunidade atlética nacional. “Informamos que a CBAt continua na luta por recursos que permitam a melhor preparação para as próximas grandes competições, já que antes da Olimpíada de Tóquio 2020, teremos em 2019 o PAN no Peru e o Mundial no Catar’.