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Atletismo

Adhemar Ferreira da Silva oficializado como “Herói da Pátria”

O nome do bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva foi inserido no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

Adhemar Ferreira da Silva é fotografado enquanto segura a sua medalha de Melbourne-1956
(Foto: Domínio Público)

Nesta semana, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.575, de 2023, que inseriu o nome de Adhemar Ferreira da Silva no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. Adhemar foi recordista mundial do salto triplo e bicampeão olímpico: em Helsinque 1952 e Melbourne 1956. Ele é o primeiro atleta a entrar na lista.
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Adhemar Ferreira da Silva nasceu em São Paulo em 1927, filho de um ferroviário e uma lavadeira. Ele começou no esporte aos 18 anos e logo aos 21 já disputou sua primeira Olimpíada, em Londres-1948, onde terminou na oitava colocação. Quatro anos depois, em Helsinque-1952, Adhemar levou a medalha de ouro no salto triplo, estabelecendo um novo recorde mundial da prova: 16,22m. Ele repetiu o feito nos Jogos Olímpicos seguintes, em 1956, com um salto de 16.35m. Ao longo da carreira, Adhemar Ferreira da Silva ainda conquistou três ouros nos Jogos Pan-Americanos e quebrou o recorde mundial da prova em cinco ocasiões.
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Adhemar Ferreira da Silva enquanto salta em direção à caixa de areia
(Foto: Divulgação/COB)

Legados de Adhemar

Um poliglota, Adhemar Ferreira da Silva falava oito idiomas. Entre eles, o finlandês que aprendeu durante os Jogos Olímpicos de Helsinque. Após ganhar a medalha de ouro, Adhemar saiu pelo estádio festejando e agradecendo aos finlandeses que torceram por ele na final do salto triplo. Nascia ali a famosa “Volta Olímpica”.

Formado em direito, belas artes, relações públicas e educação física, Adhemar Ferreira da Silva foi adido cultural do Brasil na Nigéria e colunista do jornal Última Hora. Como ator, participou do filme “Orfeu Negro”, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1959 e do Oscar de Melhor Filme Internacional.

O ex-atleta faleceu em 2001, aos 73 anos, vítima de um infarto. Mas um ano antes, Adhemar foi agraciado com o Mérito Olímpico pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Atualmente, o atleta dá nome à uma das principais premiações do esporte brasileiro, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, que é entregue anualmente pelo COB a atletas e ex-atletas que representem os valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.

*Com informações de Comitê Olímpico do Brasil

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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