As fundistas Maria Lucineida Moreira e Núbia de Oliveira Silva foram ao pódio dos 10.000m nesta sexta-feira (30), no Campeonato Sul-Americano Sub-23 de Atletismo, em Cascavel-PR. Elas já haviam feito dobradinha nos 5.000m, disputado na véspera. Até aqui, o Brasil já conquistou 40 medalhas (9 de ouro, 15 de prata e 16 de bronze) na competição.
+ Erik Cardoso lev a ouro nos 100m do Sul-Americano sub-23
A peruana Sofia Mamani foi a campeã dos 10.000m com recorde do campeonato em 34min28s33. Também a brasileira Maria Lucineida superou a melhor marca da competição, com 34min45s29, para ficar com a prata. A medalha de bronze ficou com Núbia de Oliveira, do Brasil, com 35min19s76. O recorde do campeonato era de Jessica Paguay, do Equador, com 35min10s63.
Maria Lucineida, de 20 anos, que é atleta da Aeronáutica, também disputará o Mundial Militar de Cross Country, em Lisboa, Portugal, competição de 7km que será realizada de 10 a 15 de outubro. “Gostaria de ter ganho os 10 mil e lutei até onde eu pude porque não desisto e como o meu Deus eu vou longe. Mas a peruana também é forte, campeã pan-americana sub-23”, disse Maria Lucineida. “Vou estrear na São Silvestre este ano pensando em performance, em pódio.” Foi a segunda medalha da fundista em Cascavel, que levou o ouro nos 5.000m.
Ouro único
A única medalha de ouro do Brasil na sessão noturna do Sul-Americano sub-23 de atletismo desta sexta-feira (30) foi conquistada pelo paranaense Paulo Henrique Ribeiro, nos 20.000m da marcha atlética. Ele completou as 50 voltas na pista em 1h29min53s. Heron Rodrigues Miranda ficou com a medalha de bronze, com 1h45min38s, atrás do argentino Sebastián Giuliani, com 1h37min11s.
“Me senti bem na prova. Guardei um pouco no começo, sabia que o cara do Equador era bom, um dos melhores do mundo. Mas eu já vim com a ideia de bater o meu recorde pessoal e deu certo. Consegui manter o ritmo. Fui um pouco mais tranquilo nos primeiros 10 km – não muito – para fazer os segundo 10 km mais forte”, lembrou o atleta de 21 anos. “Estou muito feliz, pela minha melhor marca.”
No feminino, Gabriela Muniz garantiu a medalha de bronze, com 1:40:51. O ouro foi para a equatoriana Paula Sarango, com 1:34:52, seguida da colombiana Laura Mojica, com 1:39:17.
Outras medalhas
Para Lucas Vilar ficar com a medalha de bronze nos 400m (46s77), teve que se superar. Ele passou mal com febre, dor e vômitos, mas resolveu correr graças ao suporte médico da seleção – equipe chefiada por André Guerreiro. “Os meninos (Erik Cardoso e Felipe Bardi) me deram motivação, a equipe me ajudou e eu fui ao pódio, com muita superação”, disse o atleta paulista. O argentino Larregina Elian Gaspar ficou com a medalha de ouro nos 400m, com 46s59, e o brasileiro Douglas Mendes da Silva, com a prata (46s59).
Nicole Dayci Caicedo Arce, do Equador, venceu os 400m feminino (53.91), com dobradinha brasileira nos outros lugares do pódio. Maria Victória Belo Sena ficou em segundo (54s11) e Giovana Rosália dos Santos, em terceiro (54s67). “No ano passado eu fui segunda, mas com uma marca melhor. Mas é pensar nos Jogos Sul-Americanos de Assunção – vou correr o revezamento”, disse Maria Victória.
Revezamentos
As duas equipes de revezamento 4x100m do Brasil ficaram com a medalha de prata. Sabrina Costa, Letícia Lima, Vida Aurora Caetano e Vanessa Sena dos Santos fizeram 44s57. O ouro ficou com a equipe do Equador (44s50) e o bronze com a Colômbia (44s74).
No masculino, a seleção brasileira teve Lucas Gabriel Antunes, Renan Gallina, Lucas Rodrigues da Silva e Erik Cardoso no revezamento 4x100m. Eles também ganharam a medalha de prata (39s61). A Colômbia conquistou o ouro (39.59) e a Argentina o bronze (39s99).
Fortes ventos no Sul-Americano
Numa manhã com ventos fortes, Gabriel Boza foi ao pódio do salto em distância masculino no Sul-Americano sub-23 de atletismo. Ele ficou com a medalha de prata, marcando 7,60m (3.3). Jhon Andres Berrio, da Colômbia, vice-campeão mundial sub-20 em Nairóbi, no Quênia-2018, venceu a prova com 7,70m (2.3). O chileno Matiaz Gonzalez ficou com a medalha de bronze com 7,47m (2.9).
Nas semifinais dos 200m foram registrados dois recordes do campeonato. Anahi Suarez, do Equador, vencedora dos 100m na quinta-feira (29), correu 22s81 (-0.1). A marca anterior, de 23s04, pertencia a Vitória Rosa – era de Cuenca (ECU), de 2018.
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Lucas Rodrigues da Silva correu 20s49 (1.2) na segunda semifinal. O recorde do campeonato era de Aldemir Junior, com 20s50, de 5/10/2014, em Montevidéu, Uruguai. O paranaense Renan Gallina correu 20s16 (índice para o Mundial adulto de Budapeste, Hungria, em 2023), mas com vento inválido de 2.7m/s. Renan já tem o índice – com a marca de 20s12 – feita em Cuiabá (MT), com ouro no Brasileiro Sub-23.
A paranaense Marya Izabella Botega Netto, de 19 anos, uma estreante na seleção brasileira de atletismo e no Sul-Americano ficou com a medalha de ouro no lançamento do disco (47,59m). A chilena Valentina Ulloa (47,20m) ficou com a prata e a brasileira Yasmin Piske, com 46,39m, levou o bronze.