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Atletismo

Letícia Oro Melo volta ao Brasil projetando superar os 7 metros

Ganhadora da medalha de bronze no salto em distância no Mundial retornou ao Brasil na manhã desta terça-feira (26).

Letícia Oro Melo desembarca no Brasil projetando superar os 7 metros
Leticia Oro Melo (Carol Coelho-CBAt)

A ganhadora da medalha de bronze no salto em distância no Mundial de Atletismo do Oregon, nos Estados Unidos, Letícia Oro Melo retornou na manhã desta terça-feira (26) ao Brasil no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Junto a ela, outros atletas, dirigentes e pessoal das áreas médica e administrativa que estiveram na delegação brasileira.

Leticia Oro Melo Mundial de Atletismo
(Foto: Carol Coelho-CBAt)

Depois de uma viagem de mais de 24 horas, desde a saída de Eugene até a chegada a Guarulhos, ela disse que ainda não processou a conquista da medalha de bronze no Mundial de Atletismo, apenas a sua segunda competição do ano. “Enfrentei muitos problemas, o maior deles foi, sem dúvida, a cirurgia no joelho esquerdo feita em dezembro de 2021 por causa do rompimento de um ligamento”, lembrou a Letícia, que voltou a treinar com todos os cuidados só em abril.

“Estou muito feliz e acho que a ficha só vai cair quando chegar em casa, em Joinville, abraçar meus pais e falar com meu treinador”, completou Letícia, referindo-se a Gerson e Luciane e ao técnico João Carlos dos Santos, contemporâneo de João do Pulo nas competições. Com 1,58 m de altura, a atleta viveu cenas de cinema no Mundial. Conseguiu a última vaga para a final no último salto da qualificação, quando quebrou o recorde pessoal, com 6,67. Na decisão de medalhas, no domingo, ela saltou 6,89 m logo na primeira tentativa, assumindo a liderança da competição. “Na hora pensei, fiz o meu melhor e agora tenho de arriscar. Estava ansiosa, queria superar os 7 metros, e queimei as outras cinco tentativas, numa delas com mais de 7 metros”, lembrou a jovem de 24 anos.

Leticia Oro Melo Mundial de Atletismo
(Foto: Carol Coelho-CBAt)

Campeã sul-americana de 2021 em Guayaquil, Equador, e medalha de ouro no Troféu Brasil Loterias Caixa, em junho, no Rio de Janeiro, Letícia nunca deixou de acreditar no seu potencial, nem mesmo no drama da cirurgia. “Tinha de partir com tudo, cuidando bem da recuperação, da fisioterapia, depois nos treinos cautelosos, mas sempre com esperança e confiança. Voltei a treinar só em abril e em junho já ganhei o Troféu Brasil”, disse. “Agora é focar na preparação para os principais eventos de 2023, quero ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 e claro superar os 7 metros”, completou.

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Letícia conta ter recebido tantas mensagens após a medalha no Mundial de Atletismo que seu celular está travado. “Foram muitas demonstrações de carinho. É uma sensação muito boa. Em Joinville vou falar com o meu treinador. Acho que terei poucos dias de folga, não vou ter moleza não”, comentou. Em outubro, a atleta deve disputar os Jogos Desportivos Sul-Americanos, em Assunção, no Paraguai. Ela estava ansiosa para ver a festa que a receberia em sua cidade, onde virou um ídolo instantâneo.

A atleta, que sofreu a lesão no joelho numa brincadeira com amigos, e não nos treinos ou competição. Começou no atletismo aos 12 anos por insistência da professora Dirce, quando estudava na Escola Municipal Professora Anna Maria Harger, em Joinville. A princípio, relutou. Mas nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina estava inscrita nos 75 e nos 250 m, mas pediram que ela disputasse também o salto em distância. Não só competiu como ganhou a medalha de ouro, com 5,59 m, abrindo novas perspectivas e novos horizontes para a atleta, que alcançou também bons resultados nas categorias de base do atletismo.

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