Alison dos Santos, ou simplesmente Piu, conquistou a medalha de ouro para o Brasil no Mundial de Atletismo em Oregon, nos Estados Unidos. Na final dos 400 metros com barreiras realizada na noite desta terça-feira (19), o brasileiro confirmou as projeções que o colocavam no pódio da prova. Foi a primeira medalha brasileira na competição, a segunda de ouro e a 14ª na história dos Mundiais.
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“É um momento inesquecível, uma situação maravilhosa de alcançar o topo do mundo”, disse ao chegar à zona mista. “Estou tendo o apelido de gelado, mas aqui é a parte fácil, competir é muito fácil. Não tem dificuldade, não tem estresse, não tem dor, não tem nada. O difícil são os treinos. Quando estou aqui me sinto muito confortável porque sei que a parte difícil já foi”, explicou o novo campeão do mundo depois da conquista.
Com o tempo de 46s29, novo recorde sul-americano e marca líder do ranking mundial de 2022, ele confirmou todas as expectativas, superando as brilhantes campanhas de 2019 e 2021, quando foi respectivamente finalista no Mundial de Doha, na Catar, aos 19 anos, e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O recorde sul-americano anterior era do próprio Alison, com 46.72, desde a conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2021. Bateu ainda o recorde do Campeonato Mundial, que era de 47.18 do norte-americano Kevin Young.
“Eu já corri com o recordista mundial e a gente tem noção de que em algum momento baixar essa marca é possível (45s94). Os 46 já foram um sonho para a gente e hoje não é mais”, disse Alison garantindo que sabe que ainda pode evoluir na prova. “A pergunta não é nem se é possível, mas quando vamos chegar. As portas estão abertas. Se o Warholm corre 45, eu, o Benjamim também podemos correr. Então a pergunta é quando”, afirmou Alison dos Santos, cheio de confiança.
Os norte-americanos Rai Benjamim e Trevor Bassitt ficaram em segundo e em terceiro lugares, com os tempos de 46s89 e 47s39, respectivamente. O norueguês Karsten Warholm, campeão olímpico e recordista mundial, terminou na sétima colocação, com 48s42, sentindo evidentemente falta de ritmo de competição por lesão.
Com isso, encerra-se o jejum de medalhas para o País. A última foi o bronze do Caio Bonfim na marcha atlética em 2017. Essa é a segunda vez que um brasileiro conquista uma medalha de ouro no Mundial de Atletismo. A primeira veio na edição de 2011 com Fabiana Murer no salto com vara.
Vitória Rosa nos 200m rasos
Após conquistar a vaga para semifinal dos 200 metros rasos, a velocista Vitória Rosa voltou à pista novamente nesta terça-feira em busca de uma vaga para a final. Na fase anterior, a brasileira terminou na terceira posição com a marca de 20s84. Hoje, Vitória terminou em quarto lugar em uma bateria muito forte. Tanto que bateu sua marca pessoal e o recorde sul-americano na prova com 22s47. Contudo, o tempo não foi suficiente para se classificar.
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400 metros com barreiras feminino
Chayenne da Silva foi outra brasileira a representar o País na pista nesta noite. Chayenne disputou a fase classificatória dos 400 metros com barreiras feminino. Na bateria em que correu, terminou na última posição com a marca de 59s46 e foi eliminada ao Mundial de Atletismo.