Os brasileiros Alison dos Santos e Thiago Braz mostraram força na última etapa da Diamond League de atletismo antes do Mundial de Oregon, disputada nesta quinta-feira (30) em Estocolmo, na Suécia. Alison, o Piu, ganhou mais uma vez os 400 m com barreiras e segue invicto este ano, agora com quatro vitórias no principal circuito mundial da modalidade. Como se não bastasse, voltou a correr abaixo dos 47 segundos, cravou 46s80, recorde do campeonato e o melhor tempo do ano. Já Thiago Braz registrou 5m93 no salto com vara, a melhor marca pessoal em campo aberto desde que venceu a final dos Jogos Olímpicos da Rio-2016 com 6m03, única acima dos seis metros na carreira. O Mundial vai de 15 a 24 de julho.
Alison dos Santos não teve adversários, como era de se esperar, já que os dois principais rivais, Rai Benjamin, dos Estados Unidos, e o norueguês Karsten Warholm não competiram. Ele arrancou logo na largada, assumiu a primeira colocação ainda na reta oposta à linha de chegada e entrou na segunda curva disputando apenas contra o relógio. Foi apenas a segunda vez que o brasileiro correu abaixo de 47s, a outra foi na final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando foi bronze com 46s72, atrás de Warholm, campeão com 45s94, e de Benjamin. Na ocasião, os três bateram o tempo que era o recorde mundial antes da prova.
Melhor em seis anos
Já Thiago Braz superou a melhor marca dele na temporada em campo aberto pela segunda vez seguida em dois dias. Ele havia chegado a 5m82 na terça-feira (28), resultado que valeu a medalha de prata no Meeting Internacional de Täby, também na Suécia. Vale lembrar que Braz marcou 5m95 para ser vice campeão do Mundial Indoor esse ano, em Belgrado, em março.
Agora, na Diamond League de Estocolmo, os 5m93 saíram na segunda tentativa e valeram o terceiro lugar na prova, mais uma vez amplamente dominada pelo fenômeno Armand Duplantis. O sueco, talvez a maior unanimidade do esporte mundial atualmente, venceu com 6m16, a melhor da história em campo aberto. Em ambiente fechado, ele já chegou a 6m20, oficialmente o recorde mundial. Em segundo lugar ficou o estadunidense Christopher Nilsen com os mesmos 5m93 de Braz, mas à frente porque conseguiu a marca na primeira tentativa e o brasileiro, na segunda.
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