O brasileiro Alison dos Santos confirmou favoritismo e venceu a prova dos 400 m com barreiras da etapa de Oslo, na Noruega, da Diamond League de atletismo. Outro que brilhou nesta quinta-feira (16) foi Petrúcio Ferreira, nos 100 m paralímpicos, chegando na segunda colocação literalmente colado no vencedor. Rafael Pereira também foi bem, o terceiro nos 110 m com barreiras, e Thiago Braz, por outro lado, teve um dia para esquecer no salto com vara.
Nos 400 m com barreiras, hoje uma das provas mais fortes do circuito mundial de atletismo, a expecativa era de um embate entre Alison dos Santos, medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio-2020, e o norueguês Karsten Warholm, não apenas o campeão olímpico como recordista mundial e senhor da prova. Warholm, porém, sofreu uma lesão e não pode correr em casa. Como o outro medalhista olímpico, Rai Benjamin dos Estados Unidos, também não foi, Alison dos Santos sobrou e venceu com 47s26. Mais de um segundo à frente do estoniano Rasmus Magi (48s51) e o terceiro melhor tempo do mundo na temporada. Os dois primeiros, 47s23 e 47s24, também são dele.
Fotochart
Petrúcio Ferreira, bicampeão paralímpico da classe T47, para atletas com deficiência nos membros superiores, ficou em segundo nos 100 m paralímpicos da etapa de Oslo da Diamond League cravando 10s57. O primeiro lugar ficou com o norueguês Salum Kashafali, da T12, para atletas com deficiência visual, que levou vantagem somente no fotochart por causa do posicionamento do peito na hora em que cruzou a linha de chegada. Petrúcio, além de bicampeão paralímpico, é o atleta com deficiência mais rápido do mundo registrando 10s29 em 31 de março durante o Desafio CPB/CBAt em São Paulo.
Rafael Pereira
Nos 110 m com barreiras, Rafael Pereira ficou com a terceira colocação marcando o tempo de 13s37. O estadunidense Devon Allen levou com 13s22 e o espanhol Asier Martínez chegou em segundo com o melhor tempo dele na temporada, 13s30. O melhor tempo de Rafael Pereira no ano é 13s27, o mais baixo dele também na carreira para a prova de atletismo.
Pior do ano
No salto com vara Thiago Braz não teve um bom desempenho e fez a pior marca do ano. Passou apenas nos 5m60, ficando na sexta colocação entre oito competidores. O brasileiro vinha de um 5m95 em março, que valeu a medalha de prata no Mundial Indoor de Belgrado. Os dois saltos mais baixos haviam sido em fevereiro, os dois primeiros do ano, ainda assim pelo menos dez centímetros melhores (5m70 e 5m71) que o de agora.
A prova de salto com vara da etapa de Oslo na Diamond League reuniu os três últimos campeões olímpicos, além de mais duas medalhas em Jogos. O maior nome, claro, o sueco Armand Duplantis, atual campeão olímpico, recordista mundial e uma das maiores unanimidades hoje no esporte mundial. Braz levou o ouro na Rio-2016 e o bronze em Tóquio-2020, e o francês Renaud Lavillenie foi o campeão de Londres-2012 e vice no Brasil. O estadunidense Sam Kendricks, bronze no Rio, estava inscrito para competir, mas não foi para o campo. Além deles, saltaram o belga Ben Broeders, o irmão de Renaud, Valentin Lavillenie, e três jovens noruegueses. Ao final, os anfitriões surpreenderam todo mundo, menos Duplantis. O sueco venceu com 6m02, seguido por Sondre Guttormsen em segundo e Pal Haugen Lillefosse em terceiro, ambos com 5m80.
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