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Beth Gomes volta a bater recorde mundial no arremesso do peso

Brasileira atingiu a marca de 8m45 durante o primeiro dia Campeonato Brasileiro que está sendo realizado no Centro de Treinamento Paralímpico e pulverizou registro ofical dela mesma, de 2019

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(Marcello Zambrana/Exemplus/CPB/arquivo)

A primeira manhã do campeonato brasileiro de atletismo paralímpico foi marcada pela quebra do recorde mundial do arremesso de peso feminino na classe F52. Elizabeth Gomes, a Beth Gomes, cravou 8m45 nesta quinta-feira (5), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, pulverizando marca anterior dela mesma. A atleta é dententora também do recorde mundial no lançamento do disco, esse conquistado junto com a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio no ano passado.

“Foi um dia muito especial na minha vida, na minha vida no esporte. Retornar ao arremesso de peso. Foi uma realização, pude bater meu próprio recorde. Estou muito feliz e é muito gratificante também pela minha treinadora, a Roseane Farias, que jamais deixou de me treinar no peso. Estamos aí, buscando melhor performance, melhor resultado e em busca dos objetivos que acreditamos.” O recorde ofical anterior era de 7m80, de 20 de setembro de 2019, mas a brasileira chegou a 8m15 em 20 de novembro do ano passado, resgistro esse que não pode ser homologado.

Rainha nas duas

Beth Gomes precisou trocar o arremesso do peso pelo lançamento do disco porque o primeiro não está na classe que ela passou a integrar, antes da atual, após uma reclassificação às vésperas da Paralimpíada do Rio-2016, que acabou deixando a brasileira fora daquela edição dos Jogos. “Treino (as duas provas), dando ênfase no disco, que é minha oficial, mas nunca deixando de treinar o peso. Não sabemos o dia de amanhã”, diz, sem esconder o gosto pelos “meus pesinhos” e na esperança de que possa competir com eles futuramente nos Jogos.

No disco, a brasileira tomou contra da final paralímpica em Tóquio. Foi a última a entrar na pista para competir e já no primeira tentativa conquistou a medalha de ouro. No último, a consagração definitiva ao bater o recorde mundial em um lançamento muito além das adversárias. “De lá para cá, venho melhorando, mas ainda não bati os 17m82”, afirmou nesta quinta a brasileira, que também já foi atleta do basquete em cadeira de rodas chegando a disputar a Paralimpíada de Pequim-2008.

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Livro e samba

Agora em 2022, a vida dela foi imortalizada no livro Beth Gomes – Uma Atena Brasileira, escrito pela jornalista Luciane Tonon e lançado no final de janeiro, em Santos, cidade natal da atleta. Lá, também, foi tema do carnaval da escola de samba X9. “Agradecer aos meus patrocinadores, ao Comitê Paralímpico Brasileiro, à minha equipe Fast Wheels, que estão sempre do meu lado e principalmente à minha treinadora Rosa Farias, que eu falo que Deus colocou esse anjo na minha vida para que eu pudesse ir buscando meus objetivos juntamente com ela. É muita gratidão, como eu sempre falo.”

MAIS DESTAQUES

Outro atleta das provas de campo que se destacou nesta manhã de quinta-feira foi Alessandro Silva, da ADV-VALE/SP, da classe F11 (para atletas cegos). Também no arremesso de peso, ele atingiu a marca de 14,05 m e quebrou o recorde das Américas. A melhor marca da região já era dele e foi registrada em novembro de 2019, durante o Mundial de atletismo de Dubai. Alessandro é o atual bicampeão e recordista paralímpico no lançamento de disco.  

Outros recordes registrados no Campeonato Brasileiro de Atletismo até agora:
Aser Ramos –  RS Paradesporto – 12s58 – 100 m (T36) – recorde da competição
Cleiton Freitas – AFADEFI/FMEBC – 14,76 m – lançamento de disco (F53) – recorde da competição
Fábio Bordignon – ANDEF – 12s72 – 100 m (T35) – recorde da competição
Ricardo Mendonça – TIME NAURU – 11s46 – 100 m (T37) – recorde da competição 

*colaborou André Rossi

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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