Enfim, uma medalha em Mundial! Após dois pódios olímpicos, Thiago Braz conquistou a prata no Mundial indoor de atletismo de Belgrado, na Sérvia, neste domingo (20). Ele registrou a marca válida de 5,95m, com direito a quebra de recorde sul-americano indoor. O brasileiro ficou atrás somente do sueco Armand Duplantis, que bateu o recorde mundial com 6,20m.
Ao todo, Thiago fez dez saltos na final do Mundial, tendo obtido êxito em quatro deles. Ele passou de primeira em 5,60m e 5,75m e ultrapassou os 5,85m na segunda tentativa. Com o sarrafo à marca de 5,95m, o brasileiro avançou somente em sua última oportunidade. Já com a medalha garantida, Braz errou seus três saltos para 6,05m.
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Este 5,95m foi o melhor salto de Thiago Braz desde os Jogos Olímpicos da Rio 2016, quando ele foi ouro saltando para 6,03m – recorde olímpico na ocasião. O 5,95m é, também, a melhor marca indoor de sua vida, superando os 5,93m de 2016, que era o antigo recorde sul-americano da prova.
Aos 28 anos de idade, Thiago possui um ouro olímpico, na Rio-2016, e um bronze, em Tóquio-2020. Ele também foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010, e ouro no Mundial Júnior de 2012. Apesar do vasto currículo, porém, ele jamais havia ganhado uma medalha em Mundiais de atletismo, seja indoor ou ao ar livre.
Com essa conquista, o Brasil tem 17 medalhas em Mundiais indoor de atletismo. São cinco ouros, seis pratas e seis bronzes. A prata de Thiago foi o segundo pódio do Brasil nesta edição, depois do ouro de Darlan Romani no arremesso de peso.
Thiago Braz é apenas o terceiro brasileiro a ter medalhas em Jogos Olímpicos e em Mundiais Indoor de atletismo, juntando-se a Robson Caetano (bronze nos 200m em Indianápolis-1987) e a Maurren Maggi (bronze no salto em distância em Birmingham-2003 e prata em Valencia-2008).
Duplantis, por sua vez, levou o ouro batendo o recorde mundial pela quarta vez. Com o título já garantido, ele cravou 6,20m em sua última tentativa. Aos 22 anos de idade, o sueco conquistou seu primeiro título mundial, depois de também ter sido campeão olímpico em Tóquio-2020.
Eliane Martins fica sem classificação no salto em distância
Outra brasileira a disputar uma final nessa última sessão do Mundial Indoor de atletismo foi Eliane Martins, no salto em distância. No entanto, ela não teve uma boa participação e queimou suas três tentativas. Como não registrou marcas válidas, ficou sem classificação final. A prova foi vencida pela anfitriã Ivana Vuleta, com 7,06m.
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Rafael Pereira para na semifinal dos 60m com barreiras
Já Rafael Pereira não avançou à final dos 60m com barreiras. Ele fez o quarto melhor tempo das eliminatórias e chegou a melhorá-lo na semifinal, igualando o recorde sul-americano com 7s58, mas ficou em quarto lugar em sua bateria e não se classificou para brigar pelas medalhas. Foi a quinta vez que Rafael anotou essa marca. Ele teve o 11º melhor tempo no geral.
Um caso curioso aconteceu na semifinal dos 60m com barreiras. O britânico David King e o japonês Shusei Nomoto fizeram exatamente o mesmo tempo, de 7s57, empatando até mesmo na casa milesimal. Como há oito raias na pista, somente um deles poderia competir. Seguindo o regulmanto, a definição veio, então, por meio de sorteio.
Mas não foi qualquer sorteio: a arbitragem utilizou-se do tradicional sorteio com papéizinhos, em que o nome dos dois atletas foi posto em um saquinho. King foi o sortudo e avançou para a final, mas não levou medalha. O norte-americano Grant Holloway foi ouro.
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