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Atletismo

Copa Brasil define seleção que vai ao Sul-Americano Indoor

Felipe Bardi, Erik Cardoso, Alexsandro Melo e Juliana Campos conseguiram se classificar para o Sul-Americano Indoor de atletismo de 2022

Sul-Americano Indoor de atletismo
(Wagner Carmo)

Os velocistas Erik Cardoso e Felipe Bardi comemoraram os seus melhores inícios de temporada na Copa Brasil Indoor de Atletismo, neste domingo (6), em Bragança Paulista. Ambos vão estrear em competições em pista coberta, comuns no inverno no Hemisfério Norte, estão ansiosos pela convocação para o Campeonato Sul-Americano Indoor de atletismo, nos dias 19 e 20 de fevereiro, em Cochabamba, na Bolívia, e para manter a qualificação para o Mundial de Belgrado, na Sérvia, que será disputado de 18 a 20 de março.

Os velocistas comemoraram o melhor início de temporada na pista do Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo. Felipe Bardi foi o mais rápido, com 10.24 (1.0), Erik fez 10.26 e Luís Gabriel Pereira Silva, 10.40.

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O que dizem os velocistas

“Eu nunca tinha corrido isso no primeiro ‘tiro’ do ano. Em 2021, eu corri 10.30 e alguma coisa numa semifinal e depois 10.17. É o meu melhor início de temporada. Estou muito feliz, treinando bem, focado e agora vou esperar a convocação para o Sul-Americano. Hoje, estou classificado para o Mundial Indoor, é tentar manter a minha vaga e continuar trabalhando. Quero agradecer a Marinha do Brasil, o Sesi-São Paulo e as Loterias Caixa por todo o apoio”, disse Felipe Bardi.

“No ano passado eu corri 10.60 na minha primeira prova. Tenho de agradecer muito a Deus por estar começando o ano de competições com 10.26, o meu melhor início de temporada, entre minhas melhores marcas. Agora é focar no Sul-Americano Indoor, pretende seguir firme. E também esperar concluir a convocação para o Mundial Indoor e buscar melhorar o resultado, dar o nosso melhor”, disse Erik. 

Ambos treinam com Darci Ferreira no Sesi, em Santo André, e vão estrear em pista indoor. Estão trabalhando duro – especialmente na largada – para os 60 m, a distância que correrão na pista coberta. Nenhum deles nunca competiu provas indoor em pista de 200 m. “Estamos trabalhando a largada, não tenho ideia de como é parar no colchão”, disse Erik, referindo-se à competição.

Outras provas

Já o saltador Alexsandro Melo, o Bolt, conhece muito bem a pista indoor de Cochabamba – ganhou o salto triplo no Sul-Americano de 2020. Na Copa Brasil tentou se qualificar também para o salto em distância – foi o segundo na prova, com 7,97 m, atrás do uruguaio Emiliano Lasa, com 8,11 m. O terceiro foi Weslley Beraldo, com 7,73 m. “Por seis centímetros não me qualifiquei para o Sul-Americano no distância, mas o importante foi que eu consegui acertar a minha marca. Eu tinha competido na semana passada e não tinha conseguido acertar. E vai vir uma marca muito boa no Sul-Americano, vou para cima desse índice para o Mundial (8,22 m).”

Alexsandro Melo Bolt Medalha Olímpica Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 salto em distância Tóquio
(Wagner Carmo/CBAt)

Bolt está qualificado para o salto triplo. “Eu amo Cochabamba! Saltei duas vezes 17 m lá na competição. Espero chegar lá e saltar muito bem – vai vir uma meia bem especial, surpresa”, disse Bolt que usa meias diferentes em todas as competições, sempre com muito estilo.

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A Copa Brasil recebeu a classificação D, com pontuação maior no Ranking de Pontos da World Athletics para o Mundial Indoor de Belgrado. Todos os atletas com índice para o Campeonato Mundial, até o limite de dois atletas por prova e gênero, estão qualificados também para o Sul-Americano Indoor de Cochabamba. A competição marcou o fechamento do prazo para o Ranking Brasileiro, de 1 de janeiro de 2021 a 6 de fevereiro de 2022, válido para a convocação de vagas remanescentes ao Sul-Americano Indoor (em caso de empate, será utilizado o Ranking Mundial da WA por pontos para definir os representantes). 

Salto com vara

Juliana De Menis Campos venceu o salto com vara com 4,31 m, seguida por Nicole Barbosa (Pinheiros), com 3,91 m, e Beatriz Chagas, com 3,81 m. Juliana treina com Karla Rosa em São Bernardo do Campo, mas está acostumada a saltar em área indoor. A prova foi a única em pista coberta no CNDA. “Acho bem importante treinar indoor para melhorar a técnica – rende muito”, disse Juliana, que trabalha para fazer o índice (4,70 m) para o Mundial de Eugene – ao ar livre e a principal competição do calendário de 2022 -, nos Estados Unidos, de 15 a 24 de julho.

Juliana Campos salto com vara
(Wagner Carmo/CBAt)

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Juliana mudou de técnica – da escola de saltos russa para a americana – e não teve uma boa temporada em 2021 por causa da adaptação. “Tenho a expectativa de ir para o Sul-Americano Indoor, pensando no Mundial ao ar livre”. Juliana briga pelo índice, mas também quer somar pontos no Ranking Mundial, outra forma de qualificação para a principal competição do ano.

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