Os destaques da 96ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre estão prontos para a disputa da prova que encerra o calendário 2021 de corridas de rua. Com um clima ainda mais especial, após a ausência em 2020, a corrida promete ser acirrada com a boa e velha briga entre brasileiros e africanos. Daniel Nascimento e Grazieli Zarri são as esperanças para que o país volte a ocupar o lugar no topo do pódio. Os quenianos Elisa Rotich e Sandrafelis Chebet, e o etíope Belay Bezabh são os principais adversários. A programação de largadas nesta sexta (31) terá os Cadeirantes a partir das 7h25, a Elite Feminina às 7h40 e a Elite Masculina e Pelotão Geral a partir das 8h05.
Daniel Nascimento, aos 23 anos, é a renovação. Em 2019, na última edição da São Silvestre, foi o mais bem colocado entre os brasileiros, com a 11ª colocação. Já neste ano, conquistou índice e disputou a Olimpíada de Tóquio e, no início de dezembro, ficou no Top-10 na Maratona de Valência. Lá marcou o tempo de 2h06min11s, o melhor da vida dele e apenas seis segundos acima do recorde sul-americano que pertence a Ronaldo da Costa desde 1998. A disputa na Espanha foi apenas a terceira dele na carreira.
“Durante a pandemia eu venho aprendendo muito. A vida precisa continuar e eu trabalhei todo esse tempo buscando evolução. Tanto que fui para o Quênia para intensificar minha preparação e treinar com os melhores, dessa forma pude aprender e evoluir. Poder voltar a competir na São Silvestre é muito importante. Essa é uma prova muito difícil, mas acredito que estou em ótima forma e com bom rendimento. Vou entrar focado e fazer minha prova, sem olhar ou pensar nos adversários”, considera Daniel.
Grazi Zarri
No feminino, Grazi Zarri carrega as maiores chances dos brasileiros e ela está otimista para a disputa. “Quando as coisas melhoraram na pandemia, eu não parei e foquei nos treinos. A vida tem que continuar. Acho a São Silvestre muito importante. Eu estou em evolução ainda, mas me sinto bem preparada em brigar pela vitória. Nesse segundo semestre, foquei muito e estou confiante para a prova. Assim como o Daniel, tenho vontade de ir para o Quênia, quero competir e aprender com os melhores. Absorver tudo de lá e trazer para o meu país, para minha realidade. Então, cada oportunidade e treino contam muito. Na prova vou apostar no equilíbrio e tática, dosando bem entre ritmo, e poupando a perna para o final, especialmente para a subida da Brigadeiro”.
Estrangeiros
O queniano Elisa Rotich, campeão e recordista da maratona de Paris deste ano, está feliz por voltar a competir em São Paulo. “Eu agradeço a oportunidade de competir na São Silvestre novamente e também de estar no Brasil. Espero correr muito bem, mas isso depende da temperatura que estará no dia. Adaptei-me bem ao clima do Brasil, fui bem recebido, gostei da prova, é bem organizada. Estou aqui de novo porque tenho a esperança de me autoavaliar, essa prova tem isso, você consegue refletir sobre os seus esforços e percebe os pontos que precisam ser melhorados. E sem contar que eu gosto do Brasil. Também fiquei feliz com os protocolos exigidos pela organização, isso mostra a preocupação e cuidados com todos”, disse.
Belay Bezabh, campeão em 2018, se junta a outros destaques da prova entre estrangeiros e brasileiros. E, chega novamente disposto e animado a brigar pela vitória. “Essa é a minha terceira vez na prova. Em 2017 fui vice-campeão, e venci em 2018. Neste ano estou com a mesma expectativa de vitória. Eu gosto de competir na São Silvestre, tem diversos fatores que me fazem gostar de vir para cá, como o clima, adaptação ao percurso, o tratamento dos brasileiros. Tudo isso impacta no desempenho durante a prova. Sempre fico feliz quando venho para cá. A expectativa é ser o campeão novamente”, contou Belay.
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Sandrafelis Chebet, outra queniana presente na disputa, aposta no seu bom desempenho e no bom clima da prova para obter um resultado positivo. “Minha maior expectativa é ter uma boa saúde para poder realizar a corrida, correr bem e ter um bom desempenho. Eu geralmente tenho uma boa perfomance quando corro aqui, isso que me move a sempre voltar. Claro, espero sempre melhorar para alcançar resultados cada vez melhores. Um dos motivos que me move a correr na São Silvestre é o Brasil. Eu gosto de estar aqui. E, mesmo neste momento de pandemia, a vida continua. Óbvio, tem que tomar cuidado, respeitar os protocolos, mas precisamos seguir. Estou tomando todos os cuidados com a minha saúde, porque esse momento representa uma grande avaliação do meu desempenho. Estou animada”, observou a atleta.
São Silvestre 2019
Masculino
1) Kibiwott Kandie (Quênia), 42min59s (novo recorde)
2) Jacob Kiplio (Uganda), 43min00
3) Titus Ekiru (Quênia), 43min54s
4) Geofry Toroitich Kipchumba (Quênia), 45min10s
5) Joseph Panga (Tanzânia), 45min33s
Feminino
1) Brigid Kosgei (Quênia), 48min54s
2) Sheila Chelangat (Quênia), 50min10s
3) Tisadk Alem Nigus (Etiópia), 50min12s
4) Pauline Kaveke Kamulu (Quênia), 50min28s
5) Delvine Relin Meringor (Quênia), 50min51s