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Atletismo

Alison dos Santos desenha 2022 com foco no Mundial de Oregon

Atleta dos 400 m com barreiras fechou 2021 com bronze olímpico, recorde sul-americano, prata no Mundial de Revezamentos e o vice-campeonato da final da Diamond League. Levou, ainda, dois prêmios fora das pistas

Alison dos Santos atletismo 400m com barreiras Jogos Olímpicos de Tóquio Mundial de Oregon de atletismo
(Wagner Carmo/CBAt)

O brasileiro Alison dos Santos foi destaque no atletismo em 2021 pela conquista da medalha de bronze nos 400m com barreiras dos Jogos Olímpicos de Tóquio numa das provas mais incríveis da história. Para a sequência, ele já desenhou com o técnico Felipe de Siqueira a programação para o ano de 2022 e o foco principal está no Mundial de Oregon marcado para 15 a 24 de julho, em Eugene, nos Estados Unidos.

Alison dos Santos, o Piu, não competirá na temporada indoor nos primeiros meses de 2022. Ele segue preparação no Brasil, em São Paulo, no início do ano, depois planeja seguir os treinamentos nos Estados Unidos e tem a intenção de fazer algumas competições na Europa preparatórias para a competição em Eugene. A médio prazo, além do Mundial do Oregon, as grandes competições que estão no radar são os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 e a Olimpíada de Paris-2024.

Entre os melhores

Alison dos Santos atletismo 400m com barreiras Jogos Olímpicos de Tóquio Karsten Warholm Mundial de Oregon de atletismo
Alison e Karsten Warholm logo após a final dos 400m com barreiras em Tóquio (Wagner Carmo/CBAt)

O auge de Piu foi nos Jogos da capital japonesa. Foi medalha de bronze com 46s72, a terceira melhor marca da história da prova, atrás apenas do medalhista de ouro, o norueguês Karsten Warholm com 45s94, e do segundo colocado Rai Benjamin, dos Estados Unidos, com 46s17. Além disso, o brasileiro quebrou seis vezes o recorde sul-americano dos 400m com barreiras em 2021 correndo abaixo dos 48 segundos em oito oportunidades, fato inédito no atletismo do país. Foi, ainda, medalhista de prata com o 4×400 m misto no Mundial de Revezamentos da Silésia e segundo na final da Liga Diamante, dia 9 de setembro, em Zurique, superado apenas por Warholm.

“Eu sabia que poderia fazer um bom resultado, poderia brigar pela medalha, correr pra 46 (segundos). Mas eu esperava 46s90, não 46s72, quebrar recorde olímpico. Não que achava que não era capaz, mas por ser algo distante do meu resultado naquele momento. Foi uma temporada incrível. Em todas as competições que eu fiz ano passado, fiz um PB (Personal Best, a melhor marca da carreira). Então isso dá muita confiança e foi muito bom naquele momento”, disse o barreirista.

Alison dos Santos medalha de bronze
(Gaspar Nóbrega/COB)

A performance de Alison dos Santos foi reconhecida pelo Prêmio Brasil Olímpico (PBO) – Melhor do Atletismo em 2021, oferecido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Também levou, junto com Erica Sena, o 1º Prêmio Loterias Caixa Melhores do Ano do Atletismo – Melhor Atleta de 2021. “É muita gratidão terminar uma temporada e ser condecorado com um troféu como o melhor do esporte que eu faço. É muito bom saber que o que a gente conseguiu concretizar tudo o que colocou no papel, o que estávamos pensando. Fazer dar certo as coisas”, disse, na noite do PBO.

Objetivos alcançados

O ano foi encerrado com a vitória com 48s15 na 11ª edição do Galà dei Castelli, etapa da série prata do World Athletics Continental Tour, em Bellinzona, Suíça. O treinador Felipe de Siqueira disse que todos os objetivos propostos para o ano foram alcançados. “A meta era melhorar a marca pessoal e conseguir o seu melhor resultado na final da Olimpíada. Ele foi muito regular, correndo sempre provas boas e fortes, junto com seus principais adversários e conseguiu ficar entre os melhores.”

Alison dos Santos Felipe Siqueira atletismo 400m com barreiras
Felipe Siqueira e Alison em camping em Portugal (divulgação)

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Porém, novo ano, novas metas. “Tivemos um ciclo olímpico de cinco anos, agora serão três anos, então são dois ciclos que fogem do normal. Vamos ter de adaptar. É bom ser um ano a menos, chega mais rápido, eu sou ansioso. Estou confiante, um ano a menos, um ano a mais é simples, é número, vamos trabalhar e fazer tudo certinho. Passo a passo”, disse o brasileiro. “Eu sempre fui o que surpreendeu, que superou expectativas. Quero me manter nesse caminho, continuar evoluindo. Ser melhor a cada prova”, comentou Alison, que também falou sobre o que vem vivendo após o sucesso nos Jogos Olímpicos. “Foi engraçado no começo, muita gente acompanhando, torcendo por mim. É muita positividade. Ganhei muitos seguidores, muito projeto, e as pessoas querendo o bem, que eu consiga evoluir.”

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