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Atletismo

Almir Júnior busca consistência e ritmo de competição em 2022

Após ciclo irregular, por conta de lesões e da pandemia, Almir Júnior quer voltar a ter ritmo de competição e consistência em 2022 para defender sua medalha no Mundial Indoor

Almir Junior Adhemar Ferreira da Silva Nelson Prudência João do Pulo Medalha Olímpica Tóquio
(Alexandre Loureiro/COB)

Almir Júnior é um dos nomes mais conhecidos do atletismo nos últimos anos. Medalhista de prata no Mundial indoor de 2018, o atleta do salto triplo não conseguiu se manter entre os melhores da modalidade nos anos seguintes. Sofrendo com lesões, o brasileiro não teve os resultados imaginados. Sabendo disso, Almir sabe o que quer para 2022. ” Quero ter ritmo de prova e grandes resultados com consistência”.

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Após a medalha de prata no Mundial de atletismo indoor em 2018, Almir Júnior não conseguiu ter uma sequência de resultados em grandes competições. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, o brasileiro terminou a competição com o quarto lugar, com 16.70m. Já na Olimpíada de Tóquio, Almir terminou com 16.23m e foi o 23º colocado. Falando um pouco do seu ciclo, o brasileiro não esconde o insatisfação com os resultados.

“Eu sofri um pouco com lesões nessa temporada. Eu tive uma lesão no fim de 2020, voltei a saltar no início de 2021 e isso totalizou quase 1 ano e meio sem saltar, por conta de tudo que aconteceu em 2020. Era mais questão de ritmo, de timing, de sentimento, a importância de estar competindo e treinando. Todo esse tempo sem conseguir fazer os treinos, seja por lesão ou por conta da pandemia, foi sentida em Tóquio. Eu sei que não alcancei os meus objetivos, mas não foi por falta de empenho, de trabalho, por falta de vontade, por medo. O resultado de Tóquio aconteceu porque não consegui me preparar da forma como eu gostaria. A gente vai ter que escolher o que é melhor para que possa ter uma boa temporada. Ter mais competições e um ciclo mais competitivo fará com que o ritmo, que é o que está faltando, volte”.

O que esperar em 2022

A melhor competição de Almir Júnior no ciclo para Tóquio 2020 foi o Mundial indoor de 2018. Nele, o brasileiro fez sua melhor marca da vida, até então, e ficou com a medalha de prata ao alcançar a marca de 17.41m. Em 2022, por conta de todos os adiamentos no mundo do esporte por causa da pandemia do coronavírus, o atletismo terá seus dois mundiais, indoor e outdoor, e Almir não esconde o desejo para a temporada.

Almir Júnior, do salto triplo e atletismo, decidiu tirar férias por conta dos adiamento das competições por conta do coronavírus e já pensa em 2021
Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

“Eu ainda sou o atual vice-campeão mundial indoor e quero defender meu título. A curto prazo o objetivo é esse e quem sabe subir um lugar no pódio. Além disso, no meio de 2022, teremos o Mundial outdoor. Esse ano, os dois grandes objetivos são esses. Além deles, temos a Diamond League e os outros campeonatos, que me farão a ter ritmo de prova e grandes resultados com consistência”.

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Amadurecimento e se conhecer é preciso

Apesar de atualmente ser o maior nome do Brasil no salto triplo, Almir Junior é especialista da prova há pouco tempo. Até 2017, Almir também competia no salto em distância e “a falta de experiência” na modalidade, faz com que o brasileiro ainda precise se conhecer ainda mais.

“A questão de ser novo na prova me faz não ter consistência. Os atletas com mais tempo, com 5, 6, 10 anos de salto triplo tem mais consistência de temporada e entende até onde dá para ir ou o que é possível fazer. As vezes eu quero competir muito e tenho que entender mais a minha prova, saber que meu corpo pode não suportar o tanto que eu quero competir ou talvez eu faça um pouco menos do que eu deveria por estar me protegendo. Por isso que falo que a cada ciclo eu venho aprendendo”, finalizou Almir Júnior.

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