Seis recordes sul-americanos batidos, diversas medalhas na Liga Diamante, a terceira melhor marca da história dos 400m com barreiras com direito a uma histórica conquista do bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e o Prêmio Brasil Olímpico como o melhor atleta do atletismo em 2021. As espetaculares conquistas de Alison dos Santos mudaram a vida do jovem velocista de apenas 21 anos, principalmente nos últimos quatro meses.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
“Depois da medalha em Tóquio minha vida desde a medalha tem sido maravilhosa. Estou colhendo os frutos dessa conquista. O reconhecimento também é muito gratificante e ver as pessoas se inspirando em mim toca o coração,” declarou Alison em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
Xavecando o momento
A medalha de bronze conquistada no dia 3 de agosto completa quatro meses nessa sexta-feira. Desde então, Alison competiu quatro vezes pela Liga Diamante, ficando sempre entre os primeiros colocados. Após vencer a etapa da série prata do World Athletics Continental Tour, o paulista de São Joaquim da Barra pode finalmente descansar e aproveitar fama.
“Tive férias, descansei e aproveitei. Estou ‘xavecando o momento’. Muitas portas se abriram, conheci pessoas novas e fiz amizades com pessoas que hoje são meus ‘chegados’ mesmo. O pós medalha então, foi mágico. Meu Instagram subiu de 7 mil para 150 mil. O Ronaldinho Gaúcho me mencionou nos stories. Quando ele fez isso eu falei; ‘valeu mais que a medalha’. [risos]. Fiquei muito feliz de ver isso.”
Alison dos Santos
Ídolos, carros e muito rap
A popularidade pode colocar Alison dos Santos em contato com alguns de seus principais ídolos, principalmente do mundo do rap, estilo de música preferido de Alison e que teve participação fundamental no bronze olímpico.
” Conheci com o Kian [rapper]. Um cara incrível que eu sempre acompanhei. É dele a música ‘O Menino que Virou Deus’, que no período dos Jogos Olímpicos foi muito importante pra mim. Eu também quase participei do clipe da música ‘Arrasta pra China’, mas as datas não conciliaram,” revelou o atleta dos 400m com barreiras.
Piu, como é conhecido, também teve a oportunidade de estar mais em contato com o mundo do automobilismo, uma de suas maiores paixões além do atletismo.
“Comecei a gostar de carros depois que tirei a carteira de motorista e passei a ver vídeos sobre o assunto. Depois da medalha, tive a experiência de assistir e dirigir um carro da Stock Car. Foi uma experiência única da vida. Também tenho feito muitas amizades desse mundo. Saio, resenho, falo sobre carros… é um mundo sem volta, mas muito bom.”
Sem perder o foco
Apesar de ter aproveitado a vida pós-Tóquio, Alison dos Santos segue treinando firme para 2022 e para o início do Ciclo de Paris.
O atleta não tem nenhuma competição confirmada até 2022, mas não está sem treinar desde então. No momento, Piu faz a preparação de base visando a próxima temporada. Por enquanto, o atleta só vem trabalhando longe das barreiras, somente na pista do Centro Olímpico, em São Paulo. O calendário ainda não está 100% fechado, mas Alison e sua equipe já tem ideia do que irá acontecer no 1º semestre do ano que vem
“Em abril provavelmente irie competir algo nos Estados Unidos. Primeiro nos 400m rasos, para testar o chão. depois entram as provas com barreiras. Mas a ideia competir menos do que nesse ano. Já saiu o calendário da Diamond League, mas não saíram as provas que vão ter em cada etapa.
Apesar de ter aproveitado a vida pós-Tóquio, Alison dos Santos segue treinando firme para 2022 e para o início do Ciclo de Paris. At