De família humilde do interior do Rio de Janeiro nasceu Daniel Chaves: um menino curioso, inquieto, que achou no esporte a sua paixão. Desde os 12 anos, ele corre – literalmente – pelo mundo representando o Brasil nas principais maratonas e alcançando patamares inimagináveis. Um dos mais marcantes foi a viagem de um mês para o Quênia, onde ele aprendeu de perto com os melhores do planeta. E essa experiência originou a série Majambo, da ADIDAS.
No primeiro de quatro episódios, mostramos os bastidores dessa viagem a Iten, a chamada “cidade dos campeões”, no Quênia. No segundo, é hora de falar de um sonho de criança que, enfim, foi realizado.
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“Passa um filme na cabeça agora, relembrando tudo que eu passei para chegar até aqui. Todos os percalços e alegrias. Lembro do começo, das dificuldades, da falta de tudo… Não tinha nem um tênis direito para correr. Era um sonho inimaginável quando eu comecei”, contou Daniel Chaves ao Olimpíada Todo Dia.
Na terra do ídolo
O atletismo surgiu na vida de Daniel aos 12 anos, quando ele assistiu à prova de São Silvestre pela televisão. Logo no ano seguinte já estava correndo cerca de 8km para ir e voltar do colégio.
Ainda garoto, o carioca viu o queniano Paul Tergat ganhando a tradicional corrida disputada em São Paulo e teve a certeza de que era isso que queria para sua vida. E desde então, a conexão com o Quênia só aumentou.
“Para mim, o Quênia é o berço da civilização atlética de fundo. Sempre foi um sonho ver a base de tudo. Meu maior ídolo era o Paul Tergat, então poder ver onde esse cara treinava, o que ele fazia… Então foi legal estar na raíz, na essência mesmo. É uma experiência de vida, ver como os melhores corpos do mundo se desenvolvem para fazer a prova mais longa do atletismo”.
Novo sonho
A vida é feita de ciclos e os ciclos carregam sonhos. Daniel Chaves conseguiu realizar alguns deles, como competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas a viagem ao Quênia concretizou algo ainda mais especial, de quando ele ainda era apenas um menino.
“Quando eu comecei, meu sonho era ser patrocinado por uma marca e ter um grupo correndo comigo. Isso ficou na minha cabeça desde os 12 anos. Então chegar lá e ver aquilo foi um marco de tudo que eu vivi”, pontuou Daniel, falando sobre o Majambo, termo que será explicado nos próximos episódios. “Fazendo um paralelo, antes eu mal tinha um tênis para correr e hoje posso ter quantos eu precisar para a minha preparação. Foi uma viagem incrível para a minha vida como um todo. Um baita aprendizado”.
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E agora, é hora de dar início a um novo sonho: trazer o Majambo para o Brasil (veja mais no quarto episódio) e ajudar a mudar a realidade da maratona no país. “O Quênia foi uma virada de chave para mim. Tirar do papel tudo que eu já tinha na cabeça, tudo que eu aprendi e fazer na prática. Então agora estou migrando, vou estar mais no backstage do que como atleta olímpico. Fui para Tóquio, era o que eu queria, estou muito contente com o que eu pude desenvolver até aqui. E hoje, tenho a mesma motivação de quando eu comecei, com 12 anos, quando era louco por correr. Está sendo legal para caramba”, concluiu Daniel Chaves.
No próximo episódio…
Depois de falar sobre os bastidores e o sonho, no terceiro episódio da série Majambo, Daniel Chaves conta sobre as principais lições que aprendeu no Quênia e o que de fato os torna tão vitoriosos na maratona. O filme será lançado no próximo domingo (21), às 18h!