O paulista Erik Felipe Barbosa Cardoso, de 21 anos, é uma das maiores atrações do Brasil no Campeonato Sul-Americano Sub-23, na cidade de Guayaquil, no Equador, nos dias 16 e 17 de outubro. A delegação, que viaja no dia 13, terá 76 atletas – 38 no masculino e 38 no feminino – e o objetivo é manter a hegemonia na competição.
Um dos melhores velocistas do País – integrou a equipe brasileira no Mundial de Revezamentos da Silésia, na Polônia, em maio -, Erik do SESI-SP lidera o ranking brasileiro e sul-americano absoluto de 2021 nos 100 m, com a marca de 10.01 (2.0), obtida no dia 4 de setembro, em Bragança Paulista (SP), durante a disputa do Campeonato Brasileiro Sub-23.
O tempo de 10s01 é o segundo melhor da história da América do Sul, ficando atrás somente dos 10.00, estabelecidos por Robson Caetano, no dia 22 de julho de 1988, na Cidade do México.
+ CBAt convoca mais sete atletas para o Sul-Americano Sub-23 de Guayaquil
Um dos objetivos de Erik Cardoso agora, segundo seu técnico Darci Ferreira da Silva, é se tornar o primeiro brasileiro a correr a prova abaixo dos 10 segundos.
“Estamos trabalhando forte no SESI Santo André. Eu, meus treinadores Darci e Rosana (Soares), contando com a ajuda de um biomecânico do SESI São Paulo e dos fisioterapeutas”, disse Erik Cardoso. “Com humildade, esforço, muito fé e sem dores, as expectativas para o Sul-Americano são as melhores possíveis”, completou.
A preocupação é se entregar 100% nos treinos. “Eu realmente não esperava um tempo tão bom (10.01) agora, estava treinando muito bem. Deus me surpreendeu para fazer aquele resultado, foi uma prova incrível, foi um dia incrível para minha vida. Só tenho a agradecer”, disse o atleta, nascido no dia 3 de março de 2000, na cidade de Piracicaba.
Erik começou a praticar esporte no Programa Atleta Futuro, no SESI da Vila Industrial, em Piracicaba, e se mudou para Santo André, em 2017. Estudante de Educação Física da UNIP Anchieta, ele desde sempre recebeu apoio em casa para se tornar atleta, especialmente da mãe, Denise Barbosa, ex-jogadora de vôlei na cidade em que nasceu.
O velocista começou no atletismo com 12 anos, após fazer natação por causa de um problema de asma. “Fui para o atletismo por influência de uma professora de educação física. Ela me incentivou bastante, falou para eu correr, por que eu me dava bem. Aí cai em um berço abençoado, que são as mãos do Darci e da Rosana.”
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM E NO FACEBOOK
Nas categorias de base, Erik ganhou prata no disco (53,74 m) e foi quinto no arremesso do peso (15,69 m) no Brasileiro Caixa Sub-16 de 2014, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo. No ano seguinte, na edição de 2015, no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, foi sexto no disco, com 49,26 m, mas ganhou a medalha de ouro nos 75 m, com 8.43 (0.4), abrindo espaço para a velocidade em sua carreira.
Companheiro de treinamento de outros dois velocistas consistentes – Felipe Bardi dos Santos e Lucas Conceição Vilar -, Erik cresceu vendo o jamaicano Usain Bolt, tricampeão olímpico dos 100 m pela TV. “O ídolo é o Bolt, vejo muitos vídeos dele, um cara espetacular, além da corrida, das marcas que ele fez, tem o carisma, a humildade e a leveza. Sem dúvida é uma inspiração”, concluiu.