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Atletismo

Placa de Patrimônio Mundial por feito de Adhemar Ferreira da Silva é inaugurada

No dia em que o triplista faria 94 anos, homenagem da World Athletics é colocada no Centro Esportivo Tietê, em São Paulo, em referência ao primeiro recorde mundial obtido pelo brasileiro

A placa colocada no Centro Esportivo Tietê (Samuel Fragoso/SEME)

A Placa do Patrimônio Mundial do Atletismo, ou World Athletics Heritage Plaque, em homenagem a Adhemar Ferreira da Silva foi inaugurada no Centro Esportivo Tietê, em São Paulo, nesta quarta-feira (29), data em que o triplista completaria 94 anos. A condecoração ao único atleta sul-americano bicampeão olímpico refere-se ao primeiro recorde mundial obtido pelo brasileiro no salto triplo, em 3 de dezembro de 1950 no mesmo Tietê, com 16m, igualando a marca do japonês Naoto Tajima, obtida em 1933.

A homenagem foi feita pelo Departamento de Legado da World Athletics na categoria lenda. Adhemar Ferreira da Silva bateu cinco vezes o recorde mundial e ganhou as duas medalhas de ouro, nos Jogos de Helsinque-1952 e de Melbourne-1956. Ele também integra o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil. Adyel da Silva, filha de Adhemar, foi convidada especial na cerimônia. A Placa do Patrimônio Mundial do Atletismo foi criada por um design brasileiro, o amazonense Fernando Silva, que venceu um concurso mundial promovido pela World Athletics. Como prêmio, ele ganhou o direito de assistir, com um acompanhante, as disputas do Campeonato Mundial de Doha, Catar, em 2019.

Adhemar Ferreira da Silva Placa do Patrimônio Mundial do Atletismo
Placa de Patrimônio Mundial do Atletismo (divulgação)

A World Athletics vem prestando homenagens a atletas, desempenhos, instituições e competições que fizeram a história do atletismo mundial. Além de Adhemar Ferreira da Silva, o seu treinador Dietrich Gerner e a Corrida Internacional de São Silvestre estão entre os reconhecidos. Também estão na lista atletas como Jesse Owens, Emil Zatopk, Paavo Nurmi, Fanny Blankers-Koen e Abebe Bikila, e competições como a Maratona de Boston, Penn Relays, o Memorial Van Damme, entre outras.

Reverências

A cerimônia teve, ainda, a participação dos treinadores Tânia Moura e Neílton Moura, dentre outros, além de Thiago Milhim, secretário Municipal de Esportes e Lazer de São Pailo, Hélio Gesta de Melo, presidente da Confederação Sul-Americana de Atletismo, Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Edson Luciano Ribeiro, vice-presidente da CBAt, dentre outros. “O Adhemar é o único sul-americano com duas medalhas de ouro olímpicas. Tudo o que for feito para homenagear os seus feitos é bem-vindo e merecido. É uma honra participar dessa homenagem a um feito de 70 anos”, disse Hélio Gesta de Melo.

Adhemar Ferreira da Silva Placa do Patrimônio Mundial do Atletismo Adyel Silva Dietrich Gerner
Dietrich Gerner e Adhemar Ferreira da Silva (World Athletics)

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“O Adhemar Ferreira da Silva é o único sul-americano a receber essa homenagem, mostra o quão gigante foi. É importante reconhecermos e enaltecermos o feito e respeitarmos a história. O recorde foi batido no Clube de Regatas Tietê, há quase 71 anos. Considero o Adhemar Ferreira uma bússola do atletismo mundial, temos de seguir pautados nele que, além de um grande atleta, o primeiro bicampeão olímpico do Brasil, se graduou em quatro universidades, era poliglota, um ídolo, referência em vários países”, acrescentou Wlamir Motta Campos. “Esta é uma homenagem ao que existe de melhor no atletismo nacional. Se não valorizarmos os nossos ídolos do passado não teremos nenhuma perspectiva de futuro.”

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