A fase de Alison dos Santos segue espetacular. Em sua primeira prova desde a histórica medalha de bronze dos 400 m com barreiras, Piu, como é conhecido, voltou às pistas nessa sexta-feira (3). Na prova dos 400m com barreiras da Etapa de Bruxelas, na Bélgica, da Liga Diamante, o brasileiro levou a medalha de ouro,
O norueguês Karsten Warholm e o americano Rai Benjamin, ouro e prata nas Olimpíadas, não disputaram a Etapa de Bruxelas, tornando Alison dos Santos favorito ao ouro. O brasileiro não decepcionou e cravou 48s23. A prata ficou com Kyron McMaster, das Ilhas Virgens Britânicas, com 48s31. Com 48s45, o turco Yasmani Copello, completou o pódio e ficou com a medalha de bronze.
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Nem o tempo nem a prova foram tão bons quanto nos Jogos Olímpicos, mas o suficiente para confirmar o favoritismo. Alison dos Santos estava atrás de McMaster até os 100m finais, mas arrancou para vitória, contando ainda com um erro na penúltima barreira do atleta das Ilhas Virgens Britânicas.
Essa foi a 2ª vitória do Alison em etapas da Liga Diamante nesta temporada. O brasileiro já havia vencido em Estocolmo, na Suécia. Alison volta a competir no domingo (5), no Memorial Kamila Skolimowska, em Chorzow, na Polônia, disputando em seguida a final da Liga Diamante na quinta-feira (9), em Zurique, e do Bellinzona World Challenge, também na Suíça, no dia 14 de setembro.
Para a final de Zurique, Alison está qualificado como líder absoluto dos 400 m com barreiras, após ganhar prata em Doha (28/5), em Oslo (1/7) e em Mônaco (9/7), e de ser campeão em Estocolmo (4/7), além de Bruxelas.
Relembre o bronze em Tóquio
Para conquistar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Alison dos Santos completou os 400 m com barreiras apenas 0s02 acima do antigo recorde mundial. O problema é que os dois primeiros colocados correram abaixo da marca. O norueguês Karsten Warholm voou para cravar 45s94 e se tornar o primeiro da história a completar a prova abaixo de 46s. O americano Rai Benjamin foi o medalha de prata com 46s17.
Nos últimos três anos, Alison dos Santos têm crescido suas marcas de maneira impressionante. Com 18 anos, em 2018, ele tinha como melhor resultado 49s79. Em 2019, foi campeão dos Jogos Pan-Americanos e, na final do Mundial de 2019, quando ficou em sétimo lugar, atingiu o que era, na época, o seu melhor: 48s28. De la para cá, até chegar à disputa olímpica de medalhas, foram mais 1s56 de evolução. E tudo com uma leveza, uma tranquilidade para competir, difícil de ver por aí.
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Para se ter uma ideia, a marca obtida por Alison dos Santos seria suficiente para vencer qualquer uma das provas olímpicas de 400 m com barreiras disputadas na história. Antes desta de Tóquio, o melhor desempenho era de Kevin Young, que venceu em Barcelona-1992 com 46s78, marca que foi recorde mundial até o último 2 de julho, quando Karsten Warholm se tornou o recordista pela primeira vez.