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Raíssa Machado quebra recorde das Américas e fica com a prata no Japão

Raíssa Machado fez a marca de de 24.39m e ficou com a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Raíssa_Machado_Atletismo
Divulgação

TÓQUIO – Depois de Yeltsin Jacques conquistar a medalha de ouro nos 1500m em uma das primeiras provas do dia do atletismo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Raíssa Machado se colocou no grupo de medalhistas do país no Japão. Na disputa do lançamento de dardo da classe F56, a brasileira terminou com a marca de 24,39 m, novo recorde das Américas, e ficou com a medalha de prata. O ouro foi para a iraniana Hashemiyeh Moavi, que quebrou o recorde mundial com 24,50 m, apenas 11 centímetros na frente da brasileira.

“Vou te falar que é uma sensação (de ganhar a medalha paralímpica) única, não sei explicar qual é o sentimento porque na Rio-2016 eu não pude viver esse momento. Eu falei ‘vou viver esse momento em 2020 se Deus quiser’, passou para 2021, mas é uma sensação única, não tem como explicar o que estou sentindo neste momento. Eu só quero ligar para a minha mãe e falar para ela que eu estou muito feliz com o resultado. Hoje eu posso falar, eu sou atleta paralímpica real oficial e, se Deus quiser, daqui uns dias eu vou quebrar esse recorde mundial. Isso está na minha mente”, comemorou Raíssa Machado.

A atleta revelou que acordou mais cedo para conversar com a mãe, Dona Dinha, antes de vir para o estádio competir. “Eu conversei horas com ela. Acordei mais cedo, 4h da manhã (no horário de Tóquio, 16h em Brasília) só para conversar com ela. Eu falei que eu estava muito tranquila e muito feliz e disse que a medalha que viesse eu ficaria feliz. Ela me falou que a que Deus escolheu para mim estava lá me esperando. Em toda a competição, eu tenho que ligar para a minha mãe antes e depois. Minha mãe é fundamental na minha vida e eu tenho certeza que ela vai ficar feliz porque eu estou feliz. Ela deve estar toda orgulhosa e eu estou muito feliz”, completou Raíssa Machado.

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Como foi a prova

Raíssa Machado foi a última atleta a disputar a prova e entrou na competição sabendo do que precisava para chegar no pódio dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Para chegar no pódio, ela tinha que lançar o dardo a pelo menos 20,03 m e logo de cara ela fez 23,63 m, assumindo a terceira colocação.

Na segunda tentativa, Raíssa Machado fez a que era, até então, a melhor melhor marca da temporada, com 23,87 m, mas, para ser prata, ela precisava ultrapassar Diana Dadzite, da Letônia, que tinha feito 24,22 m. No terceiro lançamento, a brasileira conseguiu 24,39 m, assumiu a vice-liderança e quebrou o recorde das Américas.

O lançamento feito por Raíssa Machado era superior ao antigo recorde mundial, feito pela alemã Martina Willing, com 24,03 m, em 2008. O problema é que a iraniana Hashemiyeh Moavi já tinha batido a marca ao chegar a 24,50 m e assumir a liderança da prova. “Eu vim preparada para quebrar o recorde mundial e eu sabia que poderia acontecer dela também quebrar porque ela era uma das minhas concorrentes mais fortes”, explicou.

Faltando três arremessos, Raíssa Machado precisava melhorar mais 12 cm para ultrapassar a iraniana, mas fez 22,94 m, 23,22 m e 23,39 m. Sem conseguir melhorar, a brasileira terminou com a prata, a primeira medalha paralímpica da história da atleta, que ficou em sexto lugar no lançamento de dardo na Rio-2016.

“Tentei buscar, mas não consegui. Eu lutei pelo ouro, acho que deu para ver, conquistei ali os 24 m, mas, infelizmente, por conta do nervosismo também e da adrenalina, eu finalizava muito rápido, mas eu estou muito feliz porque 2016 eu fiquei em sexto lugar e hoje eu conquistei uma medalha. O que eu prometi para o Brasil foi, independente da cor, eu ia levar uma para o Brasil e eu estou levando. Eu só tenho que agradecer porque eu tenho certeza de que na próxima vem o ouro”, prometeu. “Eu vou treinar muito para ganhar essa medalha de ouro e para quebrar o recorde mundial também”.

Michel Gustavo fica com o nono lugar no salto em distância

Rogério Capela/CPB

Na disputa do salto em distância da classe T47, Michel Gustavo Abraham de Deus fez uma boa prova. Conseguindo saltar 6, 55 m, na segunda tentativa, o brasileiro fez a melhor marca da temporada de 2021 e se colocou entre os primeiros colocados da disputa, com o sétimo lugar. Contudo, como Michel queimou a última tentativa, os adversários tiveram a chance de entrar no grupo dos oito primeiros colocados, que decidem a competição nos últimos três saltos, e foi o que aconteceu.

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Após a tentativa errada de Michel Gustavo, dois atletas conseguiram melhorar sua marca e passaram o brasileiro na classificação. Desta forma, o atleta do Brasil acabou terminando os Jogos Paralímpicos de Tóquio com o nono lugar geral do salto em distância.

Izabela Campos fica com a sétima colocação em Tóquio

Rogério Capela/CPB

Única brasileira na disputa do lançamento do disco na classe F11, Izabela Campos terminou com a sétima colocação geral. Em sua primeira tentativa, a brasileira conseguiu a marca de 32,26 m e mostrou o que queria na competição. Depois disso, Izabela acabou queimando quatro das últimas cinco tentativas e se manteve na sétima posição.

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Rayane Soares avança para a decisão

Na disputa dos 100m rasos da classe T13, Rayane Soares avançou para a decisão. Em sua bateria, a brasileira completou a prova com a marca de 12s39 e ficou com a segunda colocação. Como, de acordo com o regulamento, os dois primeiros de cada bateria avançam de forma direta para a final, Rayane se garantiu entre as oito melhores e seguiu para a disputa de medalhas.

Fernanda Yara da Silva fica fora da final

Na classificatória dos 100m rasos da classe T47, Fernanda Yara não avançou para a final. Apesar de ter terminado a prova com a marcar de 13s03, a melhor de sua carreira, a brasileira não conseguiu uma das oito vagas na decisão.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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