Campeã mundial no lançamento de disco no último Mundial de Atletismo, realizado em Dubai em 2019, a atleta Beth Gomes quebrou o próprio recorde mundial da modalidade nesta terça-feira (15) durante a abertura da Segunda Fase de Treinamento Seletiva paralímpica do Atletismo, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
Após a primeira fase da seletiva na semana passada, agora esta será a oportunidade para atletas de meio fundo, fundo, saltos e provas de campo alcançarem os índices para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Todos os atletas deverão aguardar o final da seletiva para confirmar suas vagas para o evento na capital japonesa.
A lançadora nascida em Santos (SP), da classe F52, quebrou a marca mundial ao lançar o disco por 16,92m na abertura da Seletiva paralímpica do Atletismo e superar o seu antigo recorde que era de 16,89m, registrados durante sua vitória no Mundial de Atletismo em 2019. O índice paralímpico da prova na sua classe era de 14,93m.
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“Vim participar desta seletiva focada na preparação para os Jogos de Tóquio. O recorde [mundial] veio, mas eu [sinceramente] não estava esperando. O lançamento encaixou, estou muito feliz, espero fazer o meu melhor em Tóquio e trazer a tão sonhada medalha seja ela qual for a cor”, afirmou Beth Gomes, que foi diagnosticada com esclerose múltipla em 1993.
Pelos critérios estabelecidos do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que também atua como confederação do atletismo paralímpico, os campeões mundiais de 2019 já estão garantidos nos Jogos de Tóquio. Com isso, Beth Gomes se enquadra neste critério e é uma das atletas da modalidade com vaga já assegurada no Japão.
Ao todo, 13 atletas conquistaram a medalha de ouro no Mundial de Dubai. Além dela, Alessandro Rodrigo (F11), Claudiney Batista (F56), Cícero Valdiran (F57), João Vitor Teixeira (F37), Thiago Paulino (F57) nas provas de campo e Petrucio Ferreira (T47), Daniel Martins (T20), Jerusa Geber (T11), Júlio César Agripino (T11), Lucas Prado (T11), Rayane Soares (T13), e Thalita Simplício (T11) nas pistas, também já possuem vaga.
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Com 56 anos, Beth chegou a ser jogadora de vôlei quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. Ingressou no Movimento Paralímpico pelo basquete em cadeira de rodas até experimentar o atletismo. Chegou a praticar as duas modalidades simultaneamente até optar pelas provas de campo em 2010.
Em 2019, Beth Gomes ainda conquistou ouro no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Esta será a primeira vez que Beth irá participar dos Jogos Paralímpicos competindo pelo atletismo. Em 2008, ela participou dos Jogos de Pequim, mas pela seleção de basquete em cadeira de rodas.