Darlan Romani venceu pela 10ª vez a prova do arremesso do peso do Troféu Brasil de Atletismo, encerrado na tarde deste domingo (13) no Estádio do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo. Recordista brasileiro e sul-americano, com 22,61 m, ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, quarto colocado no Mundial de Doha-2019 e eleito duas vezes o melhor representante do atletismo nacional pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), ele venceu a prova com 20,46 m e já assumiu a liderança no Ranking Brasileiro de 2021, de volta após tratamento de lesão.
“Gostei muito do resultado porque a prova marcou a minha volta depois de seis meses. Estou retomando a rotina e quero competir o máximo possível antes de viajar para o Japão”, disse Darlan, que espera participar de pelo menos mais três competições. “Quero manter os treinos e ganhar ritmo de prova”, completou Darlan Romani.
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William Braido conquistou a medalha de prata, com 19,44 m, e Willian Denilson Venâncio Dourado, companheiro de treinamento de Darlan, em Bragança Paulista (SP), levou o bronze, com 19,40 m.
Bolt brasileiro é ouro
Outro destaque da última etapa foi o paranaense Alexsandro Melo, o Bolt, que ganhou o ouro no salto triplo, com 16,82 m (2.8). Foi a sétima medalha de Bolt na história do Torneio Brasil e a segunda na edição 2021. Na sexta-feira (11), ele ganhou o salto em distância, com 8,02 m (0.3).
“Fiquei feliz por mais duas conquistas e quero manter a tradição brasileira no triplo. Queria saltar mais de 17,00 m, mas não deu. Agora é focar tudo na preparação para a Olimpíada”, disse o atleta de 25 anos. “Já estou vacinado e vou esperar as decisões do COB sobre a preparação final. Acho que devo fazer algumas competições na Europa.”
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O paulista Mateus Daniel Adão de Sá, medalha de bronze no Mundial Sub-20 de Eugene-2014, terminou em segundo lugar, com 16,17 (0.7), seguido do carioca Gabriel Sousa dos Santos, com 16,17 m (4.2). Na qualificação do triplo, no sábado (12), Felipe Izidoro da Silva saltou 15,71 m, garantindo índice de 15,60 m do Mundial de Nairóbi, no Quênia, de 17 a 22 de agosto, e de 15,48 m do Campeonato Pan-Americano Sub-20 de Santiago, no Chile, de 22 a 24 de outubro.
Nomes conhecidos nos 200m
Nos 200m, duas finais muito disputadas. Jorge Henrique Vides e Paulo André de Oliveira, cruzaram juntos a linha de chegada, com 20.42 (-1.4). Nos milésimos de segundo, Jorge ficou com o ouro. “Tive uma lesão no camping dos Estados Unidos, em março, e fiquei fora do Mundial de Revezamentos da Polônia. Estou feliz pela minha recuperação e focado para integrar a equipe em Tóquio”, disse o carioca de 28 anos, que embarca quinta-feira (17) para o camping olímpico do revezamento em Rio Maior, em Portugal.
Jorge Vides terá a companhia de Paulo André e Derick Souza, medalha de bronze nos 200m, na viagem à Europa. “Vou me reencontrar com o meu técnico, Felipe de Siqueira, que está lá. Há dois meses, recebo os treinamento pelo WhatsApp e depois mando um vídeo para ele analisar”, completou.
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Nos 200 m feminino, Ana Carolina Azevedo foi a bicampeã do Troféu Brasil, com 23.48 (-3.1) . “O vento a favor atrapalhou minhas marcas nas competições que disputei nos Estados Unidos, que não foram homologadas, e agora tive vento contra”, lembrou a velocista. “Vou tentar a vaga olímpica até o último dia do prazo nos 200 m.”
Ana Claudia Lemos, ouro nos 100 m, foi vice-campeã dos 200 m, com 23.52, seguida de Tiffani Marinho, com 23.53. Tiffani, aliás, mostrou muita disposição no torneio. Ela ganhou três medalhas de ouro (400 m, 4×400 m misto e 4×400 m) e duas de bronze (200 m e 4×100 m). “Acho que arrasei”, disse, brincando. “Há um ano não conseguiria dar esses sete tiros que dei aqui”, completou a atleta, integrante da equipe medalha de prata no 4×400 m misto do Mundial de Revezamentos da Polônia, em maio.