Classificados para a Olimpíada de Tóquio-2020, Vitória Rosa, Paulo André e Darlan Romani são as grande atrações do GP Brasil de Atletismo, evento que marca a retomada da caminhada olímpica. O trio enxerga a competição como mais um passo e não como uma linha de chegada definitiva para a temporada que está começando.
A 35ª edição do GP Brasil de Atletismo, neste domingo (6), no COTP (Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa), em São Paulo, marca o reinício da preparação olímpica no meio da maior pandemia do século. E mais, já que a janela para fazer o índice olímpico foi aberta no dia 1º de dezembro.
“Essa temporada está sendo bem atípica mesmo. Tivemos que improvisar em casa, não é a mesma coisa, mas passamos essa fase bem crítica”, comentou Darlan Romani, quarto colocado na prova do arremesso de peso do último Mundial.
Assim como a grande maioria da elite mundial do esporte, os três atletas tiveram que se virar para seguir em movimento durante a pandemia. Eles ainda estão retomando a condição física e ao mesmo tempo lidam com a ansiedade de voltar a competir internacionalmente.
“Na verdade, foi um momento desafiador para todos nós, não esperávamos por uma pandemia dessa. Também desesperador para mim, já que estava com a preparação nos pontos finais. Agora é um recomeço”, ressaltou Vitória Rosa, velocista brasileira especialista nos 200 m.
“Ficamos numa situação bem complicada, consegui dar continuidade, o desempenho não é o mesmo, mas a gente adaptou para chegar na melhor forma. Estou muito feliz em voltar a competir e a gente quer melhorar e dar o máximo e chegar no nosso objetivo, já temos a vaga olímpica, mas queremos melhorar para chegar e ser medalhista”, disse Paulo André, principal velocista brasileiro e atual tricampeão do GP.
Retomada vs Expectativa
O atletismo brasileiro é um dos esportes em que o Brasil mais evolui neste ciclo para Tóquio-2020. Além Vitória Rosa, Paulo André e Darlan Romani, o país já tem vários classificados para a próxima edição dos Jogos e isso cria uma enorme expectativa. E não somente no público em geral e na mídia.
“Existe pressão mesmo dentro de casa. Não existe no mundo quem queira mais medalha do que o atleta. Nós acordamos todos dias para sermos recordistas e campeões. Mas até esqueci como é sentir a competição. Faz mais de um ano que eu não sei como é essa sensação. No meu caso, o GP é para sentir a adrenalina e até me motivar mais nos treinamentos”, frisa o velocista Paulo André.
Contudo, o trio de estrelas do atletismo brasileiro não quer dar um passo maior que a perna.
“Eu acho que o GP Brasil se insere como uma competição na retomada, com um ambiente internacional. Teremos contato com outros atletas, para saber o que aconteceu com eles, ver como eles passaram na pandemia. É um passo inicial para todos nós”, comentou Darlan Romani.
Para Vitória Rosa, o GP Brasil “é um retorno para a nossa realidade. Gosto muito de competir. Mas meus objetivos estão lá frente, meu maior objetivo é chegar bem preparada em Tóquio-2020”.
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O recado foi dado. Ninguém vai aliviar no GP Brasil de Atletismo, mas a competição marca o início de uma caminhada muito maior, repleta de sonhos e muita dedicação pela frente.