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Seleção de atletismo treina nas alturas com foco em Tóquio

Edilene Boaventura, Júlio César Agripino, Yagonny Sousa e Yeltsin Jacques, paratletas de provas de média e longa distância, vão para cidade de Minas Gerais que fica a mais de 1,5 mil metros de altitude

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Yagonny Sousa no treino do Parapan de Lima 2019 (Daniel Zappe/CPB/EXEMPLUS)

Quatro corredores da seleção de atletismo paralímpico que disputam provas de média e longa distância viajarão para Senador Amaral, no sul de Minas Gerais, para treinamentos em altitude como parte da preparação para os Jogos de Tóquio. A equipe chegará à cidade no domingo (15) e permanecerá por lá isolada por 30 dias.

O objetivo é melhorar a performance para a competição no Japão em 2021. Ao correr em locais com maior altitude, os atletas sentem mais dificuldades, pois o corpo não está adaptado a uma menor concentração de oxigênio no ar. A cidade mineira está a 1.560 m do nível do mar, cerca de 800 m mais alto do que São Paulo, onde fica o Centro de Treinamento Paralímpico.

“Quando um atleta fica exposto a condições de hipóxia, ou seja, com a pressão parcial de oxigênio reduzida, ocorrem algumas alterações fisiológicas, como aumento da concentração de hemácias e hemoglobina no sangue. Isso provoca uma maior eficiência no transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos e músculos, favorecendo principalmente atletas que participam de provas longas com maior exigência da capacidade aeróbia na produção de energia”, explicou Fábio Breda, técnico de provas de fundo da seleção de atletismo paralímpico.

Quatro paratletas em Minas

Geralmente, esse tipo de treino ocorria na Colômbia a mais de 2.600 m de altitude. Porém, por conta da pandemia de Covid-19 neste ano, a comissão técnica optou por escolher Minas Gerais visando maior segurança.

Os quatro atletas da seleção brasileira de atletismo paralímpico que participarão dessa preparação são: Edilene Boaventura (classe T11, para cegos), Júlio César Agripino (T11), Yagonny Sousa (T46, para amputados de braço) e Yeltsin Jacques (T12, para baixa visão).

Além deles, quatro atletas-guias acompanharão o grupo para auxiliar os corredores com deficiência visual.

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