Nesta terça-feira (22), é comemorado o Dia Nacional do Atleta Paralímpico e o Time Ajinomoto comemorou da melhor forma possível. Após cerca de seis meses com limitações de treinamentos por conta da Covid-19, os atletas paralímpicos estão retomando as atividades em sua rotina.
Por conta do coronavírus, o centro de treinamento do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) ficou mais de 100 dias fechado. Os atletas conseguiram voltar aos treinos em julho, respeitando as novas restrições de sanitárias.
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“Durante a quarentena, não treinei na mesa durante três ou quatro meses porque não tenho o equipamento. Fazia somente o movimento com a bola e a preparação física pelo Zoom e com meu preparador particular. Foi bastante difícil”, comentou a mesatenista Bruna Alexandre que integra o Time Ajinomoto.
Um grupo de cada vez
Contudo, por conta de uma série de questões de saúde, não foram todos os atletas que puderam retornar a treinar normalmente no CPB. Respeitando um protocolo de retomada, em um primeiro momento somente atletas com medalha paralímpica ou mundiais puderam usar a estrutura do centro de treinamento.
A nadadora Dayanne Silva espera sua vez de retornar ao Centro. “Acho que estarei no próximo grupo autorizado a treinar lá, mas não tenho previsão de quando vai ser. Desde julho, voltei à rotina normal de treinos com musculação e água, mas nadando em piscina semiolímpica (25m) em uma academia.”
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No auge do isolamento, a judoca Alana Maldonado dividiu seu tempo entre treinos físicos, no tatame montado em casa, e muito estudo. “Aproveitei o tempo para estudar o judô. Revi minhas lutas desde 2015, quando entrei na seleção, as das minhas adversárias e outras para fazer um estudo da parte técnica”.
Com índice garantido para Tóquio, o maratonista Alex Pires analisa a retomada estrategicamente. “Estou fazendo muito treino na praia, claro que com todo distanciamento necessário para não correr riscos. Os treinos ainda estão em fase transitória, mas estamos aumentando o volume para atingir o nível competitivo”.
Tênis terá competição em 2020
Durante o período de isolamento, Gustavo Carneiro, do tênis em cadeira de rodas, treinou da maneira que conseguiu, em um primeiro momento mantendo a forma física e rotina em Uberlândia, onde mora, e posteriormente conseguindo passar um período de treinamento no sul do país.
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“Há dois anos, venho trabalhando para melhorar meu “backhand”. Sem competições durante a pandemia, pude parar e melhorar a parte técnica do meu golpe até um ponto ótimo. Consegui aprimorar essa técnica e tenho certeza que o meu jogo vai evoluir muito com isso”.
Diferente das outras modalidades, o tênis em cadeira de rodas terá alguns torneios a partir de setembro. Com isso, Gustavo Carneiro vai disputar o Open Baía de Setúbal, de 14 a 17 de outubro, e o International Wheelchair CT Porto, entre 19 e 21 do mesmo mês, ambos em Portugal.