Na classe mais rápida do atletismo paralímpico, Thomaz Moraes sabe quais são seus objetivos nas pistas pelo mundo. Aos 19 anos, o corredor sabe do que é capaz dentro da modalidade. “Sonho com os recordes e com a medalha paralímpica”, afirmou o corredor, em live no Instagram do Olimpíada Todo Dia.
Nome forte na disputa dos 400 m livre na classe T47, Thomaz Moraes entende a responsabilidade que tem. Mesmo com apenas 19 anos, o atleta representa o Brasil em uma prova onde tem muita história. Thomaz, que corre ao lado de grandes nomes do atletismo paralímpico como Petrúcio Ferreira, usa o tempo que pode para aprender.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NOINSTAGRAM E NO FACEBOOK
“Estar do lado de pessoas como o Petrúcio e o Yohansson Nascimento também é aprender com eles, escutar o que eles podem me passar e evoluir. A classe é muito respeitada fora e eu sei que eu treino do lado de dois dos três mais rápidos do mundo nela. Espero aprender, conseguir os recordes e conquistar minha medalha paralímpica”, comentou Thomaz Moraes que foi prata nos 400 m no último mundial.
Onde tudo começou
O sucesso no esporte tinha que começar em algum lugar e no caso de Thomaz, desde que ele nasceu. Sempre ativo, o atleta, que tem má formação congênita no braço direito, esteve ligado ao esporte desde sempre.
“Comecei na natação, sempre joguei futebol e fui para o atletismo, mas em outras provas. Sempre estive ligado no esporte, sempre mesmo, então nunca me vi fazendo outra coisa. Gosto demais disso”.
Primeiras experiências internacionais
Até hoje, Thomaz Moraes lembra de suas primeiras viagens para fora do Brasil para competir, entretanto as saídas do país se deram para competir em outra modalidade. “Eu comecei a treinar em um projeto do meu clube e fiquei seis meses treinando para ir para a Noruega, para uma competição na neve”.
Thomaz Moraes passou um período de sua vida sendo atleta da modalidade standing do Para Cross e figurou entre os melhores do país. Contudo, chegou um momento em que levar as duas carreiras no esporte não foi mais possível e a escolha teve que ser feita.
+ Verônica Hipólito rasga elogios à estrutura do CPB em podcast
“Em 2017 eu fiquei entre as duas modalidades, neve e verão. Mas quando eu vi o nível altíssimo do atletismo, vi que precisaria escolher entre os dois e como eu cheguei a ficar em terceiro do mundo, no atletismo, decidi por esse caminho”.
Mudança e sonhos
Thomaz Moraes é natural de Jundiaí e treinou a maior parte de sua vida na cidade. Entretanto, em um certo momento, a mudança para São Paulo foi necessária. Apesar de toda a expectativa da capital do estado, a troca não foi difícil.
“Nenhuma cidade no Brasil é igual a São Paulo, mas foi tranquilo. Jundiaí está crescendo bastante e eu não senti tanta diferença nesse sentido. O que eu tive que me adaptar foi aos treinos. Passei a treinar no CPB e lá tem muito mais atletas do que no clube da minha cidade. Tive que acostumar com o fato da ter mais atletas, treinar mais grupo, ter sempre alguém correndo na pista, esperar minha vez. Pela quantidade, eu tive que me acostumar”.
+ Setembro Amarelo: precisamos falar de depressão no esporte
Apesar dessa adapatação, foi nos treinos no CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) que Thomaz Moraes entendeu o tamanho do Brasil no atletismo e passou a ter objetivos maiores. “Eu tenho objetivos e acredito no meu trabalho para chegar neles. Eu trabalho da forma correta, com os melhores profissionais. Quero a medalha paralímpica e quero dar orgulho para todos a minha volta”, finalizou o atleta.