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Atletismo

Inédita medalha no 4 x 100 m em Atlanta completa 24 anos

Arnaldo de Oliveira, Robson Caetano, Edson Luciano e André Domingos levaram o revezamento ao primeiro pódio olímpico da história

Revezamento 4x100 m - Atlanta-1996 - Robson Caetano - Arnaldo de Oliveira - Edson Luciano - André Domingos
André Domingos fechou a prova histórica para o Brasil (Acervo COB)

A equipe masculina do revezamento 4 x 100 m fez história em Atlanta-1996. Há exatos 24 anos, Arnaldo de Oliveira, Robson Caetano, Edson Luciano Ribeiro e André Domingos, pela ordem, completaram a prova em 38s41, estabelecendo assim um novo recorde sul-americano e garantindo o bronze. Pela primeira vez o Brasil conquistava uma medalha nesta prova.

O quarteto brasileiro comemorou muito o resultado e os atletas deram a volta olímpica enrolados na bandeira brasileira no Centennial Olympic Stadium, nome dado em razão do centenário dos Jogos da Era Moderna. Além disso, foi a única medalha brasileira do atletismo naquela edição, alcançada no último dia da competição.

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Antes de Atlanta-1996, o revezamento 4 x 100 m já havia sido finalista em Moscou-1980, com Katsuhico Nakaya, Milton Costa de Castro, Nelson Rocha dos Santos e Altevir Araújo. E em Los Angeles-1984, novamente com Nakaya e Nelson, além de Arnaldo de Oliveira e Paulo Roberto Correia. Nas duas vezes, no entanto, a seleção ficou na oitava colocação.

A importância da medalha

“Atlanta abriu o caminho para outras medalhas, como a prata em Sydney-2000 e em Campeonatos Mundiais, prata em Paris-2003 e bronze em Sevilha-1999. Foi maravilhoso. Chegamos lá como patinhos feios e no último dia da competição ganhamos a medalha do atletismo. Comemos pelas beiradas e batemos nossos recordes na semifinal e final”, relembrou André Domingos, que fechou a prova em Atlanta-1996.

Robson Caetano era um dos experiente do grupo e já medalhista. Ele havia obtido o bronze nos 200 m da Olimpíada de Seul-1988, a única em prova de velocidade do Brasil. Aos 31 anos, conquistou a segunda medalha, abrindo mão, entretanto, de fechar a prova.

“Foi importante deixar de lado picuinhas de correr por último, até porque a experiência no miolo é de suma responsabilidade. E estar com um irmão de tantos anos como o Arnaldo (de Oliveira) passando o bastão para mim foi um combustível extra. Tínhamos muita qualidade, além da juventude nas pernas do André e do Edson.”

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Robson Caetano, que completou 32 anos como recordista brasileiro e sul-americano dos 100 m, lembrou também da importância da conquista em Atlanta-1996. “Hoje, 24 anos depois desta medalha, vejo o que é fazer tanto com tão pouco. Foi importante amadurecer e reconhecer que quando se trata de Brasil precisamos dar as mãos e esquecer regionalismos”, disse Robson.

Uma conquista especial

Para Arnaldo de Oliveira, por sua vez, a conquista de Atlanta-1996 tem um significado enorme na sua vida. “Foi a minha medalha, minha única medalha. Tudo o que tenho hoje é graças a essa conquista. Trabalhei muito por 16 anos para chegar lá, com muita determinação, treinando no sol, no frio, na chuva… E foi a recompensa de todo o esforço e de acreditar no meu potencial”, celebrou Arnaldo de Oliveira.

Ele lembra também da importância particular da medalha para a equipe. “O grupo do atletismo tinha 41 atletas e chegamos ao último dia sem nenhuma conquista. Nós ganhamos aos 45 minutos do segundo tempo. Tenho gratidão por todos que me ajudaram, começando pela minha família”, completou.

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Por fim, Edson Luciano, que ao lado de André Domingos, acabou sendo também medalhista de prata no revezamento 4×100 m em Sydney-2000, mostrou afeto especial pela conquista de Atlanta.

“A medalha foi muito especial. Foi conquistada na minha primeira olimpíada. Atlanta-1996 foi mais emocionante do que em Sydney, onde ganhamos a prata, porque senti mais frio na barriga e a alegria foi imensa. E foi especial também porque era o centenário dos Jogos Olímpicos”, concluiu.

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